Ciência

Cientistas descobrem novo efeito do coronavírus em grávidas

Em geral, sintomas ficam mais leves depois de um mês, mas 25% das gestantes ainda convivem com traços da doença após dois meses da contaminação

Teste de gravidez (Izdebska/Thinkstock)

Teste de gravidez (Izdebska/Thinkstock)

KS

Karina Souza

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 19h51.

Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 20h42.

Um estudo divulgado hoje aponta que os sintomas de covid-19 podem ser prolongados e durar até dois meses em gestantes. O material é o maior até o momento a analisar o comportamento de mulheres grávidas não hospitalizadas e foi realizado pela Universidade da Califórnia em San Francisco e pela UCLA.

Publicado na revista médica Obstetrics&Gynecology, o estudo acompanhou 594 mulheres que testaram positivo para o SARS-Cov-2 entre os dias 22 de março e 10 de julho. Com idade média de 31 anos, as participantes foram acompanhadas de perto pelos estudiosos e, durante esse período, relataram sintomas iniciais bastante comuns para os infectados em geral: tosse (20% das mulheres analisadas), dor de garganta (16%) dores no corpo (12%) e febre (12%). A perda de olfato e paladar também foi apontada por 6% delas.

Os sintomas persistiram por três semanas para 50% das participantes do estudo, mas 25% ainda apresentavam condições similares depois de oito semanas.

Os autores afirmam que os dados sobre a evolução clínica do vírus são fundamentais para avaliar o risco e orientar o tratamento durante a gravidez.

"A maioria dos participantes em nossa população de estudo tinha doença leve e não foram hospitalizados", disse a primeira autora Yalda Afshar, MD, PhD, professora assistente da Divisão de Medicina Materno-Fetal, Departamento de Obstetrícia e Ginecologia, na Escola David Geffen de Medicina na UCLA. "Mesmo assim, demorou uma média de 37 dias para os sintomas desaparecerem."

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