Ciência

Cientistas conseguem eliminar HIV em animais vivos

Pesquisadores das Universidades de Temple e Nebraska (EUA) devem começar testes em humanos dentro de um ano

HIV: vírus foi eliminado em parte das cobaias de estudo americano (Getty Images/Getty Images)

HIV: vírus foi eliminado em parte das cobaias de estudo americano (Getty Images/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 5 de julho de 2019 às 15h02.

Última atualização em 5 de julho de 2019 às 15h14.

São Paulo – Em pesquisa inovadora, cientistas conseguiram eliminar o vírus HIV, causador da Aids, no genoma de animais vivos. A conquista, de pesquisadores das universidades de Temple e Nebraska (EUA), pode levar ao desenvolvimento de uma cura para o vírus em seres humanos.

Os pesquisadores usaram a técnica de edição genética conhecida pela sigla, em inglês, CRISPR. Junto a ela, foi utilizada também uma terapia antirretroviral chamada de Longa Duração e Lenta Efetividade, mais conhecida pelo nome em inglês Laser Art. O sucesso dos cientistas na eliminação do vírus não foi em 100% das cobaias. O resultado positivo foi obtido em um terço das cobaias.

"Nosso estudo mostra que o tratamento para suprimir a replicação do HIV e a terapia de edição genética, quando feita sequencialmente, podem eliminar o HIV das células e órgãos de animais infectados", disse, em nota, Kamel Khalili, um dos autores da pesquisa, que foi publicada no periódico científico Nature Communications.

O teste feito pelos cientistas para verificar se houve a eliminação do vírus consistiu na inserção de células imunológicas dos animais que foram tratados por eles em outros animais saudáveis. Se o vírus ainda estivesse ativo, ele teria infectado os animais. No entanto, deu tudo certo e os animais não foram infectado, desse modo, confirmando que as técnicas utilizadas realmente eliminaram o vírus.

Apesar do sucesso obtido no genoma de animais vivos, os primeiros testes clínicos em seres humanos só devem acontecer dentro de um ano. Antes disso, eles já realizam testes em primatas e, se bem-sucedidos, começarão os primeiros testes em pessoas.

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