Ciência

Cientistas chineses identificam mutações genéticas ligadas a risco cardíaco elevado

A equipe de pesquisadores do Hospital Fuwai, vinculado à Academia Chinesa de Ciências Médicas, conduziu um estudo de coorte abrangendo 6.181 indivíduos chineses

O estudo utilizou dados de três coortes prospectivas inseridas no projeto de Previsão do Risco de Doença Cardiovascular Aterosclerótica na China (Divulgação/Getty Images)

O estudo utilizou dados de três coortes prospectivas inseridas no projeto de Previsão do Risco de Doença Cardiovascular Aterosclerótica na China (Divulgação/Getty Images)

China2Brazil
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Agência

Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 18h55.

Última atualização em 15 de janeiro de 2024 às 19h12.

Em um avanço científico notável, pesquisadores chineses revelaram uma descoberta crucial: a identificação de um conjunto de mutações genéticas associadas a um risco significativamente maior de desenvolver doença coronariana (DC). Os resultados inovadores deste estudo foram divulgados na renomada revista médica JAMA Cardiology.

Publicado online em 10 de janeiro, o estudo enfatiza que o aumento do risco de DC vinculado a essas mutações não deve ser subestimado. Os cientistas destacam a importância dessas descobertas para a previsão precoce da doença, abrindo caminho para estratégias de prevenção e tratamento personalizadas e mais eficazes.

A equipe de pesquisadores do Hospital Fuwai, vinculado à Academia Chinesa de Ciências Médicas, conduziu um estudo de coorte abrangendo 6.181 indivíduos chineses. Uma descoberta notável foi a associação da hematopoiese clonal de potencial indeterminado (CHIP) – a presença de uma espécie de célula-tronco resultante de mutações relacionadas à leucemia – a um aumento expressivo de 42% no risco de DC. Este resultado foi obtido ao comparar 1,1 mil portadores de CHIP com aqueles sem essa condição.

O estudo utilizou dados de três coortes prospectivas inseridas no projeto de Previsão do Risco de Doença Cardiovascular Aterosclerótica na China. Participantes sem histórico de doença cardiovascular ou câncer foram recrutados em 2001 e 2008, com um acompanhamento médio de 12,17 anos, estendendo-se até 2021.

Esta pesquisa não apenas aprofunda a compreensão das raízes genéticas da doença cardíaca mas também abre caminho para abordagens mais precisas e personalizadas na área da saúde cardiovascular. Essa descoberta promissora representa um passo significativo em direção a estratégias de prevenção e tratamento mais eficientes para a doença coronariana.

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