Ciência

Cientistas chineses desenvolvem papel resistente à água e ao fogo

O país, onde o papel foi inventado no século II, dá agora origem a um novo produto, obtido através da adição de hidroxiapatita à massa de papel

Papel: o novo papel é capaz de repelir não só água, mas também outras substâncias líquidas como café, suco ou chá (Discha-AS/Thinkstock)

Papel: o novo papel é capaz de repelir não só água, mas também outras substâncias líquidas como café, suco ou chá (Discha-AS/Thinkstock)

E

EFE

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 17h49.

Xangai - Uma equipe de cientistas chineses desenvolveu um novo papel resistente à água e ao fogo, um produto que deve ir ao mercado dentro de três anos, informou nesta segunda-feira o jornal local "South China Morning Post".

O país, onde o papel foi inventado no século II, dá agora origem a um novo produto, obtido através da adição de hidroxiapatita à massa de papel.

Tal substância, um tipo de cálcio encontrado no esmalte dos dentes dos animais e nos ossos, faz com que a estrutura do papel mude e tenha propriedades especiais.

Assim, o novo papel, descoberto pelo Instituto de Cerâmica de Xangai, é capaz de repelir não só água, mas também outras substâncias líquidas como café, suco ou chá, e resistir a temperaturas de até 200 graus celsius.

Os pesquisadores agora estão solicitando as patentes pertinentes e esperam que o produto esteja no mercado em três anos.

Segundo o diretor da pesquisa, Zhu Yingjie, anteriormente foi possível criar papel que resistente à água e ao fogo, mas nunca com as duas propriedades ao mesmo tempo.

"Acreditamos que este papel será benéfico para todos os tipos de uso, desde a caligrafia até a impressão de cartazes", disse.

O papel foi inventado na China no século II e durante mil anos o país protegeu seu achado antes que chegasse à Europa, através de Espanha e Itália.

Acompanhe tudo sobre:Papel e CelulosePesquisas científicas

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido