Ciência

Cientistas analisam 27 mil pessoas para tirar as espinhas do seu rosto

Diferenças no formato dos folículos podem aumentar risco de desenvolver o problema

. (stock_colors/Getty Images)

. (stock_colors/Getty Images)

São Paulo - A acne é um problema bastante comum na adolescência, que pode persistir na vida adulta–estima-se que 25% das mulheres com até 30 anos sofram com as graves espinhas. Embora existam tratamentos disponíveis para uma parte dos casos, efeitos colaterais e ineficácia dos resultados ainda são um entrave. Agora, a ciência pode dar um grande passo em direção a um cenário mais animador para algumas pessoas.

Um estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde do Reino Unido analisou a condição genética de 27 mil pessoas (5.602 delas com acne grave) e identificou diferenças genéticas mais comuns entre pessoas que possuíam a condição.

Os cientistas identificaram diferenças na formação dos folículos pilosos (estrutura da pele que permite a formação dos pelos no corpo) causadas por variações genéticas, o que pode significar que algumas pessoas são mais propensas a abrigar bactérias nos folículos, criando condições para a formação da acne.

A equipe considerou os resultados promissores, já que abrem caminho para novas linhas de estudo.

“Quando temos uma visão sobre a base genética de uma condição, podemos desenvolver tratamentos muito mais eficazes", afirmou ao The Guardian o dermatologista responsável pelo estudo, Jonathan Barker.

Ele explica que um tratamento feito antes ou durante o surgimento da condição pode ser muito mais eficaz, evitando as temidas cicatrizes quando as espinhas se vão.

Atualmente, o tratamento mais usado contra a acne é a isotretinoína (Roacutan), porém os pesados efeitos colaterais do medicamento estimulam os cientistas a buscar melhores alternativas.

Acompanhe tudo sobre:DoençasGenéticaSaúde

Mais de Ciência

Medicamento parecido com Ozempic reduz sintomas de abstinência de cocaína, revela estudo

Arqueólogos descobrem primeira tumba de faraó em mais 100 anos

Brasil avança no uso de germoplasma e fortalece melhoramento genético

Este é o cão com a mordida mais forte do mundo – e não é o pitbull