Ciência

Cientista australiano de 104 anos morre na Suíça por suicídio assistido

O cientista de 104 anos morreu ao cometer suicídio assistido na Suíça, após ter seu pedido negado na Austrália por não ter doença em fase terminal

Goodall: o cientista não tinha nenhuma doença terminal, mas considerava que sua qualidade de vida estava piorando (Stefan Wermuth/Reuters)

Goodall: o cientista não tinha nenhuma doença terminal, mas considerava que sua qualidade de vida estava piorando (Stefan Wermuth/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de maio de 2018 às 09h56.

David Goodall, o cientista australiano de 104 anos que viajou à Suíça para recorrer à eutanásia, morreu nesta quinta-feira na Basileia, ao cometer suicídio assistido, uma possibilidade negada em seu país, informou a Fundação Exit International.

"Às 12h30 de hoje, o professor David Goodall, de 104 anos, morreu em paz na Basileia, com uma injeção de Nembutal", um barbitúrico, escreveu no Twitter o médico Philip Nitschke, fundador da Exit International.

Goodall não tinha nenhuma doença terminal, mas considerava que sua qualidade de vida havia piorado e desejava morrer.

No início, ele solicitou, sem sucesso, às autoridades australianas que permitissem o suicídio assistido. Então decidiu viajar à Suíça, onde várias fundações oferecem o serviço.

"Preferia morrer na Austrália e lamento muito que a Austrália esteja atrasada em relação à Suíça nesta questão", afirmou à imprensa na quarta-feira em um hotel.

O suicídio assistido, com a ajuda de outra fundação suíça, a Eternal Spirit, aconteceu em um apartamento. Goodall faleceu ao lado dos netos e de um amigo.

Goodall, pesquisador honorário da Universidade Edith Cowan de Perth, pediu que seu corpo seja entregue à ciência ou que, em caso de rejeição, as cinzas sejam espalhadas na Suíça. Também pediu que nenhuma cerimônia seja organizada em sua memória.

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