Ciência

China está alterando a genética para criar supersoldados, diz EUA

A acusação foi feita por John Ratcliffe, diretor de inteligência nacional do governo de Donald Trump, na última sexta-feira (4)

China: exército chinês poderia ter supersoldados no futuro, segundo o governo americano (FRED DUFOUR / Colaborador/Getty Images)

China: exército chinês poderia ter supersoldados no futuro, segundo o governo americano (FRED DUFOUR / Colaborador/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 7 de dezembro de 2020 às 11h49.

Última atualização em 7 de dezembro de 2020 às 15h04.

O governo dos Estados Unidos fez fortes acusações sobre o programa militar da China nos últimos dias. De acordo com John Ratcliffe, diretor de inteligência nacional do governo de Donald Trump, a China estaria realizando experimentos genéticos com o intuito de criar uma geração de supersoldados que seriam biologicamente superiores.

A declaração foi feita em um longo artigo escrito por Ratcliffe ao Wall Street Journal na última sexta-feira (4). No texto, o executivo afirma que a China representa uma ameaça preeminente à segurança nacional dos Estados Unidos. “Não há limites éticos para a busca do poder por Pequim”, escreve Ratcliffe, que foi indicado ao cargo neste ano por Trump.

Esta não foi a primeira vez que o governo chinês é acusado de estar realizando experimentos genético com o objetivo de aumentar seu poderio militar. Um artigo publicado no ano passado por dois acadêmicos americanos apontou os planos chineses para o uso de biotecnologias no campo militar, principalmente no que dizia respeito a modificação de genes.

Conforme lembra a NBC, o artigo detalhou os planos da China para o uso de uma ferramenta de edição de genes chamada de Crispr, uma sigla em inglês para Grupos de Repetições Palindrômicas Curtas Regularmente Espaçadas. Esta ferramenta, que pode ajudar a desenvolver tratamentos para doenças genéticas, também poderia modificar genes de pessoas saudáveis.

Por ora, especialistas em genética afirmam que o uso do Crispr para aumentar capacidades humanas no campo de batalha ainda é apenas uma possibilidade hipotética. Por outro lado, os indícios recentes do uso da tecnologia pelo governo chinês despertaram a atenção de pesquisadores e também dos órgãos de segurança dos EUA.

A CNBC lembra que, em 2017, um oficial chinês de alto escalão chegou a afirmar que “a biotecnologia moderna e sua integração com os domínios da informação terão influências revolucionárias sobre armas e equipamentos, espaços de combate, formas de guerra e teorias militares”.

Em relação às acusações recentes, o governo chinês não se manifestou até o momento da publicação deste texto.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GuerrasChinaArmasGenéticaMilitares

Mais de Ciência

Cabe um docinho? Estudo explica por que sempre sobra espaço para sobremesas ao final das refeições

SpaceX adia lançamento do Starship após problemas técnicos

Como identificar mentirosos? Cientista revela técnica 'infalível' para desmascarar os inimigos

Após 600 anos, peste negra voltou? O que se sabe sobre caso registrado da doença e possíveis riscos