Ciência

China convida investidores estrangeiros ao programa espacial

Investimentos serão bem-vindos para desenvolvimento de foguetes comerciais, pesquisa de satélites, manufatura e aplicação de tecnologias aeroespaciais

Satélite: segundo vice-ministro a China quer estar entre as três maiores potências aeroespaciais até 2030 (.)

Satélite: segundo vice-ministro a China quer estar entre as três maiores potências aeroespaciais até 2030 (.)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 17h10.

Última atualização em 27 de dezembro de 2016 às 17h16.

A China pretende atrair investidores privados — estrangeiros, inclusive — para seu programa aeroespacial. A ideia é complementar os recursos públicos para lançamento de satélites comerciais.

Investimentos serão bem-vindos para desenvolvimento de foguetes comerciais, pesquisa de satélites, manufatura e aplicação de tecnologias aeroespaciais para o bem comum, afirmou o vice-ministro da Agência Nacional Espacial da China, Wu Yanhua, durante entrevista à imprensa em Pequim nesta terça-feira.

Segundo Wu, a China quer estar entre as três maiores potências aeroespaciais até 2030.

“Após seis décadas de desenvolvimento, o investimento do governo sozinho não é suficiente para permitir que o programa aeroespacial da China avance o progresso tecnológico e o benefício para a economia e a sociedade”, afirmou Wu.

Foram reduzidas as restrições para agentes não estatais, inclusive de capital estrangeiro, investirem em pesquisa, manufatura e serviços aeroespaciais no país, de acordo com ele.

A China pretende comercializar seus sistemas de comunicação e transmissão por satélite, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pelo Escritório de Informação do Conselho Estatal.

O sistema de navegação por satélite Beidou-2 deve entrar em funcionamento em 2018, servindo a região conhecida como “Cinturão e Estrada”, dentro do plano do presidente Xi Jinping de melhorar a infraestrutura de conectividade em toda a Eurásia.

O estudo não incluiu metas ou cronogramas para o investimento privado.

O governo ainda avalia a viabilidade de enviar uma missão com tripulantes à Lua, disse Wu. O programa espacial chinês havia informado a intenção de enviar o satélite Chang’e 4 à Lua em 2018, no que seria o primeiro pouso suave no lado oposto da Lua.

O plano de enviar uma missão a Marte em 2020 também seria um marco inicial para o país, segundo o estudo aeroespacial.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEspaçoEspaçonaves

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido