Ciência

Celular radioativo? Saiba porque não se deve dormir com o smartphone na cama

As frequências utilizadas pelos celulares variam de 0,7 a 80 GHz, a depender da tecnologia (como 5G)

Smartphones são radioativos? Entenda os riscos de dormir com o celular em cima da cama (Imagem gerada com auxílio de Inteligência Artificial)

Smartphones são radioativos? Entenda os riscos de dormir com o celular em cima da cama (Imagem gerada com auxílio de Inteligência Artificial)

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 08h32.

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Dormir com o celular na cama ou ao lado dela é um costume que reflete a era hiperconectada em que vivemos. Seja para checar mensagens, assistir a vídeos do TikTok ou Reels, ouvir músicas ou usar o despertador, muitas pessoas mantêm o dispositivo próximo até na hora do descanso. Mas será que essa prática é segura? Os smartphones emitem radiação?

Os celulares emitem a radiação de radiofrequência. E a boa notícia é que elas não são causam mal aos seres humanos porque, diferente das radiações ionizantes, como raios-X e raios gama, as ondas emitidas pelos smartphones não possuem energia suficiente para causar danos ao DNA ou provocar doenças como câncer.

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Mesmo assim, dormir com o celular em cima da cama, debaixo do travesseiro ou ao lado da cabeça não é exatamente bom para a saúde. Não pela radiação e sim pelo potencial aquecimento da bateria.

Celular e radiação: mitos e verdades

Um estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer acompanhou mais de 250 mil pessoas durante anos e concluiu que o uso de celulares não está associado ao aumento do risco de tumores cerebrais. Isso porque as frequências utilizadas pelos aparelhos — que variam de 0,7 a 80 GHz, a depender da tecnologia (como 5G) — estão dentro do espectro de radiação não ionizante e, portanto, não têm o potencial de alterar as células do corpo humano.

Existem, no entanto, várias outras desvantagens que podem, sim, fazer mal à saúde associadas ao uso de celulares antes de dormir e deixá-lo a noite toda em cima da cama — especialmente se o aparelho estiver carregando.

Uma vez ligada à tomada para recarregar, a bateria de smartphones pode superaquecer, sobretudo se o dispositivo estiver sobre superfícies que bloqueiam a dissipação de calor, como colchões, cobertores e travesseiros. E esse superaquecimento pode levar a acidentes graves, incluindo o risco de incêndio.

Outro impacto para saúde está relacionado à luz azul emitida pelos celulares. A exposição prolongada a ela — que acontece, em geral, ao se passar várias horas imerso em redes sociais — pode impactar a produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono, e comprometer a qualidade do descanso.

Dicas para 'desligar' de noite

Na era dos smartphones, que oferecem descargas rápidas de dopamina, o "hormônio da felicidade", ficar longe dos dispositivos pode ser uma tarefa árdua. Em geral, as horas que antecedem a noite de sono são as "mais livres" do dia. E resistir à tentação fica mais difícil.

Aqui estão algumas dicas para desligar e ter, com isso, uma noite de sono melhor:

  • Desconecte-se antes de dormir: tente evitar o uso de dispositivos ao menos uma hora antes de ir para a cama;
  • Crie um ambiente propício ao sono: mantenha o quarto escuro e silencioso para facilitar o descanso;
  • Evite deixar o celular na cama: além de minimizar a exposição à luz, isso ajuda a evitar interrupções causadas por notificações.

Moderação e atenção ao uso do celular são essenciais. Enquanto a ciência assegura que a radiação dos dispositivos não é perigosa, a busca por hábitos equilibrados contribui para um sono mais reparador e uma rotina mais saudável.

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