Mascarás: de acordo com o CDC, entre 1% e 4% dos casos de coronavírus nos EUA já são decorrentes da variante britânica (Michael Nagle/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 11h10.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) atualizou nesta quarta-feira, 10, suas recomendações em relação à pandemia de covid-19. O instituto passou a sugerir o uso de duas máscaras para combater as novas variantes do coronavírus que se espalham pelo país.
A diretora do CDC, Rochelle Walensky, disse que os estudos realizados pelo instituto comprovaram a maior eficácia do uso de máscaras sobrepostas contra as variantes do vírus. "As máscaras funcionam melhor quando têm um bom ajuste e são usadas corretamente", afirmou a cientista durante uma coletiva de imprensa da força-tarefa da Casa Branca para o combate à pandemia.
Conselheiro de saúde do governo Joe Biden, o infectologista Anthony Fauci, que também participou da coletiva, disse que a variante britânica é a que mais preocupa. Ele ponderou, contudo, que as vacinas que já estão sendo administradas nos EUA são eficazes contra essas novas cepas do coronavírus. O país já autorizou o uso emergencial do imunizante da Moderna e do desenvolvido pela Pfizer em parceria com a BioNTech.
De acordo com Walensky, entre 1% e 4% dos casos de coronavírus nos EUA já são decorrentes da variante britânica. Na estimativa de Fauci, a mutação identificada no Reino Unido se tornará dominante em território americano no final de março.
Walensky disse que o número de novos casos, mortes e hospitalizações por covid-19 continuou a diminuir nos últimos sete dias, mas ainda é "muito alto". Ela defendeu que não é hora de retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais como o transporte público.
O coordenador da resposta da Casa Branca à pandemia, Jeff Zients por sua vez, reforçou que o governo continua tomando medidas para aumentar o fornecimento de vacinas, principalmente para farmácias e centros comunitários.