Ciência

Causa da misteriosa morte de 300 elefantes em Botsuana é desvendada

Localizado entre Zâmbia, Namíbia e África do Sul, sem litoral marítimo, Botsuana abriga cerca de 130.000 elefantes em liberdade

Elefantes: animais foram encontrados misteriosamente mortos em Botsuana, em maio de 2020 (AFP/AFP)

Elefantes: animais foram encontrados misteriosamente mortos em Botsuana, em maio de 2020 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 21 de setembro de 2020 às 15h40.

Centenas de elefantes encontrados misteriosamente mortos em Botsuana, na região do delta do rio Okavango (norte), foram vítimas de uma cianobactéria produtora de neurotoxinas, revelou o governo nesta segunda-feira (21). 

"As mortes ocorreram por envenenamento devido a uma cianobactéria que se desenvolveu em pontos de água", disse à imprensa Mmadi Reuben, veterinária do Ministério da Vida Selvagem e Parques Nacionais.

Localizado entre Zâmbia, Namíbia e África do Sul, sem litoral marítimo, Botsuana abriga cerca de 130.000 elefantes em liberdade, ou seja, um terço da população africana conhecida desses paquidermes.

Mais de 300 elefantes foram encontrados mortos desde março.

A hipótese da caça furtiva foi descartada, já que os animais foram encontrados com as presas intactas. O antraz (ou doença do carbúnculo) também foi descartado.

As mortes de paquidermes pararam no final de junho, coincidindo com o esgotamento desses pontos de água, afirmou Reuben.

Os exames de sangue confirmaram que uma cianobactéria, produtora de neurotoxinas, foi a causa desta alta mortalidade.

Esses exames foram feitos em laboratórios especializados da África do Sul, Zimbábue e Canadá. A investigação sobre a cianobactéria continua, disse o governo do país africano.

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