Ciência

Cápsula Órion sobrevoa Lua com sucesso e inicia seu retorno à Terra

Com a missão Artemis, os americanos pretendem estabelecer presença duradoura na Lua e se preparar para uma viagem a Marte.

CAPE CANAVERAL, FL - AUGUST 17: In this handout image provided by NASA, NASA's Space Launch System (SLS) rocket with the Orion spacecraft aboard is seen atop the mobile launcher at Launch Pad 39B at the Kennedy Space Center on August 17, 2022 in Cape Canaveral, Florida. NASA's Artemis I mission is the first integrated test of the agency's deep space exploration systems, which includes the Orion spacecraft, SLS rocket, and supporting ground systems. Launch of the uncrewed flight test is targeted for no earlier than August 29. (Photo by Joel Kowsky/NASA via Getty Images) (Joel Kowsky/NASA/Getty Images)

CAPE CANAVERAL, FL - AUGUST 17: In this handout image provided by NASA, NASA's Space Launch System (SLS) rocket with the Orion spacecraft aboard is seen atop the mobile launcher at Launch Pad 39B at the Kennedy Space Center on August 17, 2022 in Cape Canaveral, Florida. NASA's Artemis I mission is the first integrated test of the agency's deep space exploration systems, which includes the Orion spacecraft, SLS rocket, and supporting ground systems. Launch of the uncrewed flight test is targeted for no earlier than August 29. (Photo by Joel Kowsky/NASA via Getty Images) (Joel Kowsky/NASA/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de dezembro de 2022 às 07h44.

A cápsula espacial Órion sobrevoou a Lua a menos de 130 quilômetros de sua superfície, uma manobra que marca o início da viagem de retorno à Terra desta primeira missão do programa Artemis 1 da Nasa, agência espacial americana.

Ao realizar o sobrevoo, feito na segunda, muito perto da superfície, a nave espacial aproveitou a atração gravitacional da Lua para ganhar impulso em sua trajetória de retorno. A comunicação com a cápsula foi interrompida durante 30 minutos, quando passou por trás da face oculta da Lua.

O impulso essencial do motor principal do Módulo de Serviço Europeu, que propulsiona a cápsula, durou pouco mais de três minutos. "Não poderíamos estar mais satisfeitos com o rendimento da nave", disse Debbie Korth, vice-diretora do Programa Órion.

Enquanto imagens espetaculares apareciam nos monitores assim que a comunicação foi restaurada, Korth afirmou: "Todos na sala tiveram de parar e fazer uma pausa, e realmente olhar (...) Uau, estamos nos despedindo da Lua".

Esta era a última grande manobra da missão, que começou com a decolagem do novo megafoguete Artemis da Nasa em 16 de novembro, para uma viagem que deve durar 25 dias e meio no total. A Órion vai passar por correções de rumo até pousar no Oceano Pacífico, diante da cidade americana de San Diego, na Califórnia, no domingo, às 17h40 horário local (14h40 em Brasília).

Durante a missão, Órion passou cerca de seis dias em uma órbita remota no entorno da Lua. Há uma semana, esta nova nave espacial quebrou o recorde de distância para uma cápsula habitável, aventurando-se a pouco mais de 432 mil km de nosso planeta, mais longe que as missões Apollo.

A cápsula não leva passageiros. O objetivo principal é testar a resistência do escudo térmico da Órion durante a entrada na atmosfera terrestre a uma velocidade de 40 mil km/h. Ele terá que suportar uma temperatura de 2.800 graus, cerca de metade da que ocorre na superfície do Sol.

Com Artemis, os americanos pretendem estabelecer presença duradoura na Lua e se preparar para uma viagem a Marte.

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