Ciência

Câncer nos olhos da filha de Leifert ocorre na infância; veja sintomas

Uma forma de identificar o câncer é prestar atenção ao tirar a foto da criança com um flash

O retinoblastoma pode afetar os dois olhos ou um só. (Ferrantraite/Getty Images)

O retinoblastoma pode afetar os dois olhos ou um só. (Ferrantraite/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 29 de janeiro de 2022 às 15h41.

O jornalista Tiago Leifert e sua esposa, a também jornalista, Daiana Garbin revelaram nesta sábado, 29, que a filha do casal, Lua, de 1 ano, está com um raro câncer ocular. O retinoblastoma é um tumor maligno originário das células da retina, e pode afetar tanto um olho como os dois.

"Trata-se de um retinoblastoma. É um câncer que acontece nas células da retina. Elas acabam tendo um crescimento desordenado, formam tumores que podem ser em um olhinho só, ou como é no caso da nossa filha, bilateral", detalhou Daiana, em um vídeo postado no Instagram.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ocorre em crianças pequenas, sendo que a maior parte - 95% - diagnosticada antes dos 5 anos. “A principal manifestação é um reflexo brilhante no olho doente, parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando iluminados à noite. As crianças podem ainda ficar estrábicas (vesgas), ter dor e inchaço nos olhos ou perder a visão”, informa o Inca.

Outra forma de se identificar, como foi o caso da filha do casal de jornalistas, é com o flash de uma câmera fotográfica. “Se você reparar que quando você tirar uma foto com flash volta um reflexo branco, vai imediatamente procurar um oftalmologista”, detalharam Leifert e Daiana.

Causa e tratamento

O retinoblastoma pode afetar os dois olhos ou um só. Pode ser genético - um terço dos casos - ou não. “Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente desde a hora do nascimento, e durante os primeiros anos de vida, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível”, diz o Inca.

São várias as possibilidades de tratamento, com o objetivo sempre de preservar a visão da criança. Cada diagnóstico deve ser analisado individualmente para avaliar qual a melhor abordagem que pode ser: tratamentos locais como a laserterapia e crioterapia (geralmente ​​para tumores pequenos), quimioterapias, radioterapia e transplante autólogo de medula óssea. Em casos mais avançados do câncer, pode ser necessária a retirada do olho.

No caso da Lua, Leifert explicou que o diagnóstico foi precoce e que o olho direito dela é o que inspira mais cuidados. "A gente não sabe se está no começo, meio ou fim do tratamento, é uma luta no dia a dia, que a gente vai levando. Mas nós estamos bem", disse.

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