Pets com pele clara, como o Xoloitzcuintle, exigem cuidados especiais contra o sol (Olga Rolenko/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 21 de julho de 2025 às 10h16.
Que o calor pode ser nocivo para os animais de estimação, todo mundo que tem um bichinho em casa já sabe: assim como nós, eles sofrem com a sensação térmica e a desidratação. Mas além de oferecer água em abundância, é necessário também um cuidado especial com a exposição ao sol.
Assim como na pele humana, a exposição solar pode causar queimaduras solares para os pets — especialmente aqueles com pele clara ou pelagem fina. Embora os pelos possam parecer uma proteção natural contra os raios UV, a realidade é diferente para muitos animais. A falta de pigmentação em áreas como o nariz, orelhas e barriga expõe a pele ao risco de queimaduras.
Pets com pelagem fina ou peles claras, como os gatos sphynx e cães xoloitzcuintle, não possuem a mesma proteção que outros animais com pelagens mais espessas. Nessas situações, os efeitos da exposição ao sol podem ser dolorosos e prejudiciais à saúde.
Queimaduras solares leves podem causar irritação, vermelhidão e desconforto. Em casos mais graves, a pele pode apresentar até bolhas e crostas.
Embora essas lesões possam se curar rapidamente, o processo é doloroso para o animal e o risco vai além do desconforto imediato. A exposição solar prolongada pode prejudicar permanentemente a derme do pet e aumentar as chances do desenvolvimento de câncer de pele, por exemplo.
Além das queimaduras solares, existe também o risco de queimaduras térmicas, especialmente na área das costas, onde a exposição direta ao sol pode causar danos profundos. E não só: em dias muito quentes, o asfalto e o concreto podem causar queimaduras nas patas dos animaizinhos.
Uma maneira eficaz de proteger seu pet do sol é limitar a exposição durante as horas mais quentes do dia. Para cães, isso significa evitar passeios nos períodos de maior intensidade solar, buscando realizar atividades no início da manhã ou no final da tarde. Para os gatos, é importante incentivá-los a se manter em ambientes internos durante os horários de pico de calor.
Em áreas externas, ofereça sombra constante e abrigo.
O uso de protetor solar é uma alternativa válida, mas deve ser aplicado com cautela. Certifique-se de usar produtos específicos para pets, pois muitos protetores solares humanos contêm substâncias tóxicas para os animais, especialmente se ingeridas. A aplicação deve ser feita em áreas mais expostas, como as orelhas, nariz e barriga.
A reaplicação é importante, principalmente após o pet entrar na água ou após longo período de exposição ao sol.
Se seu pet desenvolver queimaduras solares leves, compressas frias podem aliviar o desconforto. Em casos mais severos, é fundamental procurar um veterinário. Medicamentos como analgésicos ou antibióticos podem ser necessários para tratar o problema adequadamente.
Além disso, se você observar lesões na pele do seu pet que não cicatrizam ou que se tornam crostosas, é essencial buscar orientação veterinária. Esses sinais podem indicar problemas mais sérios, como câncer de pele, que, se detectado precocemente, tem maior chance de tratamento eficaz.