Ciência

BioNTech diz que pode produzir vacina para mutação do coronavírus em 6 semanas

"A beleza da tecnologia do RNA mensageiro é que podemos conceber uma vacina que imita fielmente a nova mutação", disse o cofundador da BioNTech

 (Frank Augstein/Reuters)

(Frank Augstein/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de dezembro de 2020 às 07h57.

Última atualização em 22 de dezembro de 2020 às 10h38.

O laboratório alemão BioNTech, que em parceria com a americana Pfizer produziu a primeira vacina aprovada internacionalmente contra a covid-19, anunciou que poderia fornecer uma vacina adaptada à nova cepa do vírus registrada no Reino Unido "em seis semanas".

"Tecnicamente somos capazes de fornecer uma nova vacina em seis semanas", disse Ugur Sahin, cofundador do laboratório alemão.

"A beleza da tecnologia do RNA mensageiro é que podemos diretamente começar a conceber uma vacina que imita fielmente a nova mutação", disse, em uma entrevista coletiva, um dia depois da aprovação da União Europeia (UE) a sua vacina.

Ugur Sahin destacou, no entanto, que é "muito provável" que a atual vacina seja totalmente eficaz contra esta nova cepa detectada no Reino Unido, que é mais contagiosa e provoca o temor de um aumento dos casos.

"Cientificamente é muito provável que a resposta imunológica provocada pela vacina possa servir para esta variante do vírus", afirmou Sahin, que fundou com a esposa, Özlem Türeci, o laboratório BioNTech.

Sahin apresentou razões para seu otimismo: a vacina desenvolvida em parceria com a Pfizer "contém mais de 1.000 aminoácidos e apenas nove deles sofreram mutação, o que significa que 99% da proteína é sempre a mesma".

Dentro de duas semanas, a BioNTech pretende publicar as conclusões de estudos realizados com esta variante do vírus, segundo o cientista.

A detecção da mutação no Reino Unido provocou pânico no mundo e perguntas sobre a eficácia das vacinas.

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