Carreira

Bioinformática gera disputa por profissionais (no exterior, por enquanto)

São Paulo – Na lista das profissões mais cobiçadas do futuro, a bioinformática começa, enfim, a fazer parte do presente brasileiro. Mas, segundo especialistas, ainda vai levar um tempo para que os profissionais sejam tão demandados por aqui quanto no exterior. Aos bioinformatas é delegada a função de interpretar os fenômenos biológicos a partir de […]

Homem vê representação do DNA Getty Images (./Getty Images)

Homem vê representação do DNA Getty Images (./Getty Images)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 26 de setembro de 2011 às 09h54.

Última atualização em 18 de outubro de 2016 às 11h51.

São Paulo – Na lista das profissões mais cobiçadas do futuro, a bioinformática começa, enfim, a fazer parte do presente brasileiro. Mas, segundo especialistas, ainda vai levar um tempo para que os profissionais sejam tão demandados por aqui quanto no exterior.

Aos bioinformatas é delegada a função de interpretar os fenômenos biológicos a partir de conceitos das ciências exatas e tecnologias de ponta. Por isso, nesse setor, genes, proteínas e códigos de computador transitam no mesmo espaço.

“A bioinformática é o estudo da informática dos seres vivos”, define Miguel Ortega, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Por exemplo, há informações nas bases de DNA, padrões que podem significar alguma coisa. Os bioinformatas conseguem interpretá-los”.

Não por acaso, essa carreira já é altamente demandada pela indústria farmacêutica e  pelo agronegócio. “Nossos principais clientes são empresas que precisam tirar vantagem de dados genômicos para alavancar suas operações”, diz João Meidanis, fundador e presidente da Scylla Bioinformática, que já atuou com empresas como Suzano e Natura.

Na Scylla existem seis bioinformatas atualmente. Mas Meidanis explica que ainda não existe um mercado formal para o setor no Brasil. Por enquanto, as grandes contratações são feitas no exterior.

Mas eles admitem: não fica sem emprego quem, depois de concluir uma graduação na área de biológicas ou exatas, encarar uma pós-graduação em bioinformática.

Para quem quer continuar no Brasil, as universidades ainda são uma boa opção. Mas o professor Ortega acredita que, nos próximos anos, o mercado nacional será bastante propício para o empreendedorismo nessa área. O jeito é começar a se preparar desde já.

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