Ciência

Bill Gates prevê fim da pandemia

Para o cofundador da Microsoft, a redução brusca dos casos de covid-19 vai acontecer em 2022

Gates: vacinação deve impulsionar a volta à vida "normal" (Chesnot/Getty Images)

Gates: vacinação deve impulsionar a volta à vida "normal" (Chesnot/Getty Images)

KS

Karina Souza

Publicado em 26 de abril de 2021 às 16h30.

Última atualização em 26 de abril de 2021 às 20h39.

O fim da pandemia está próximo e a vida deve voltar ao normal em 2022, segundo Bill Gates. Com o avanço da vacinação, o cofundador da Microsoft espera que o número de casos deve ficar estável em um patamar muito baixo até dezembro do ano que vem, de acordo com entrevista concedida ao portal britânico de notícias SKY News. Antes dessa declaração, Gates afirmou, no fim do ano passado, que a vida deveria "voltar ao normal" em abril de 2021, citando as expectativas de vacinação como a principal causa para isso.

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Agora, com a maior quantidade de doses aplicadas no país, a confiança do empresário parece renovada. Gates acredita que o potencial de vacinação deve ser estendido, inclusive, a outras regiões fora dos EUA e Reino Unido, que devem "liberar" doses remanescentes para outros países -- e, assim, acelerar a volta à vida pré-pandemia.

Em relação a esse tipo de distribuição, os Estados Unidos declararam que vão compartilhar com outros países 60 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca. O movimento acontece após pressão de países para distribuir as doses, dado que a agência reguladora norte-americana ainda não aprovou o imunizante e os EUA têm quantidade suficiente para imunizar toda a sua população.

“Dado o forte portfólio de vacinas que os EUA já possuem, não precisamos usar a vacina AstraZeneca aqui durante os próximos meses", disse Jeff Zients, coordenador do COVID-19 da Casa Branca, à Associated Press. O comunicado, contudo, não traz uma data ou um cronograma para envio das doses.

Nos Estados Unidos, mais de 94,7 milhões de pessoas já foram completamente vacinadas, com pelo menos 140 milhões tendo ao menos a primeira dose, de acordo com as informações oficiais do Centers for Disease Control and Prevention (CDC)

A situação é totalmente diferente da encontrada no Brasil, por exemplo, que enfrenta escassez do volume de doses disponíveis. Na tarde desta segunda-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vai divulgar uma nota técnica a respeito da dificuldade de entrega da segunda dose da Coronavac. Vale lembrar que o Ministério da Saúde havia recomendado que unidades de saúde aplicassem todas as doses disponíveis, uma vez que a segunda dose estaria garantida para a distribuição.

No país, ao menos 28,9 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina e 12,4 milhões, a dose completa (primeira e segunda aplicações). Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, que reúne O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL.

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