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São Paulo - Um banho relaxante pode significar uma pausa na rotina estressante, além de ser benéfico para a pele por ajudar a reter óleos naturais, segundo dermatologistas. Agora, cientistas querem acrescentar mais um benefício para a lista, o de auxiliar no alívio da depressão.
Um estudo feito pela Universidade de Friburgo, na Alemanha, observou 45 participantes com depressão moderada e severa por oito semanas. Todos foram orientados a fazer exercícios físicos por 45 minutos ou a tomar um banho quente de 30 minutos, relaxando em seguida com garrafas de água quente e um cobertor por 20 minutos, ambos duas vezes na semana.
Os participantes tinham seus graus de depressão medidos segundo a Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (HAM-D), que varia de 1 a 50 pontos e apresentava uma média de 21.7 para o grupo avaliado. Aqueles que optaram pelo banho quente disseram notar uma diminuição de seis pontos em sua escala, enquanto os que fizeram exercícios notaram apenas três.
Embora o estudo tenha usado uma amostra muito pequena e ainda não tenha sido revisado pela comunidade científica - o que o torna pouco conclusivo -, já existem outras pesquisas afirmando que o humor das pessoas pode ser melhorado após banhos quentes. Isso acontece porque a temperatura da água ajudaria a normalizar a temperatura corporal e a ajustar o ritmo biológico, o que, por sua vez, pode contribuir para a regulação do ciclo de sono.
Ainda é cedo para concluir se os banhos quentes devem ser uma receita para a depressão, ou que seus benefícios são iguais aos do exercício físico. Porém, sua provável indicação a pacientes depressivos representa algo positivo para os terapeutas, já que não têm efeitos colaterais e podem ter bem mais adesão que uma rotina de atividades que pode ser cansativas e exigentes.