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São Paulo - A presença de microplásticos (partículas de plástico com menos de 5 milímetros) nos alimentos já é uma preocupação para mais da metade dos alemães. Encontrados em diversos itens como recipientes, tecidos, cosméticos e produtos farmacêuticos, as partículas são um grande inimigo da vida marítima e uma das maiores ameaças ambientais emergentes da atualidade na temática da poluição, segundo a ONU.
O dado faz parte da edição de agosto do Monitor de Consumo, levantamento feito pelo Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos (BfR), que é um órgão do Ministério da Nutrição e Agricultura da Alemanha. Em uma escala de importância que variava de 0 a 5, 56% dos entrevistados avaliaram a importância do tema com grau 4 ou 5, classificando-o em segundo lugar. A taxa aumentou 11 pontos em relação à mesma pesquisa feita em fevereiro deste ano. O tema campeão de interesse dos consumidores foi a resistência de microrganismos a antibióticos, recebendo 65% de avaliações de grau alto.
“O BfR está atualmente realizando estudos sobre a absorção de microplásticos através do intestino e seus possíveis efeitos na saúde", afirma Andreas Hensel, presidente do Instituto. Os resultados do Monitor ajudam a orientar o planejamento das políticas públicas alemãs.
Como maiores riscos de consumo na área da saúde, a população indica a poluição climática e ambiental (17%), o tabagismo (15%) e o alcoolismo (11%). Por outro lado, a edição genômica e a presença de campilobactérias nos alimentos são os temas menos conhecidos e que geram menos preocupação nas pessoas.
A sensação de segurança caiu um pouco quando se trata de têxteis e cosméticos à venda na Alemanha, mas se manteve em relação aos brinquedos. A maioria dos entrevistados continua confiando que as instituições estatais do país protegem a saúde do consumidor.