Ciência

Astrônomos encontram o objeto mais distante no Sistema Solar

A órbita do planeta-anão cor de rosa pode ser maior que mil anos

. (Roberto Molar Candanosa/Carnegie Institution for Science/Reprodução)

. (Roberto Molar Candanosa/Carnegie Institution for Science/Reprodução)

São Paulo - Uma equipe de astrônomos anunciou na última segunda-feira (17) a descoberta do objeto mais distante dentro do Sistema Solar. É provável que o objeto, apelidado de “Farout” e com a superfície rosada, seja um planeta-anão.

Segundo os astrônomos, o Farout (seu nome provisório oficial é 2018 VG18) se encontra a 120 unidades astronômicas (UA) do Sol, o que equivale a 150 milhões de quilômetros, ou ainda três vezes a distância entre Plutão e o astro. O recorde anterior pertencia ao Eris, outro planeta-anão localizado a 96 UA do Sol.

A notícia é fruto da colaboração entre diversos países integrantes da União Astronômica Internacional.

“Essa descoberta é realmente uma conquista internacional em pesquisas usando telescópios localizados no Havaí e no Chile, operados pelo Japão, bem como um consórcio de instituições de pesquisa e universidades dos Estados Unidos”, afirmou Chad Trujillo, um dos astrônomos responsáveis, em um comunicado. "Com as novas câmeras digitais de longo alcance em alguns dos maiores telescópios do mundo, estamos finalmente explorando as franjas do nosso Sistema Solar, muito além de Plutão".

Por enquanto, não se sabe muito sobre o Farout. Os pesquisadores estimam que sua órbita em torno do Sol ultrapasse mil anos. O período exato, porém, pode levar muito tempo para ser definido.

"O 2018 VG18 é muito mais distante e lento do que qualquer outro objeto observado do Sistema Solar, então levará alguns anos para determinar completamente sua órbita", disse Scott Sheppard, outro integrante da equipe. "Mas ele foi encontrado em um local do céu semelhante ao de outros objetos em pontos extremos no Sistema Solar já conhecidos, sugerindo que ele pode ter o mesmo tipo de órbita que a maioria deles."

Acompanhe tudo sobre:EspaçoSol

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido