Ciência

Astronautas que forem a Marte podem ter que usar remédios vencidos; entenda

Qualquer problema médico durante a jornada terá que ser resolvido sem o suporte da equipe que ficará na Terra

A NASA estima que uma viagem só de ida para Marte leva cerca de nove meses (cokada/Getty Images)

A NASA estima que uma viagem só de ida para Marte leva cerca de nove meses (cokada/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 26 de julho de 2024 às 09h02.

Os astronautas que forem se aventurar a Marte terão desafios quase que de uma trama de filme. Um novo estudo publicado pela revista npj Microgravity revela que os medicamentos levados pelos primeiros astronautas na missão para o Planeta Vermelho podem perder sua validade antes de seu retorno à Terra, representando um risco  à saúde dos tripulantes.

Qualquer problema médico durante a jornada, como doenças causadas por radiação cósmica ou infecções bacterianas, terá que ser resolvido sem o suporte da equipe que ficará na Terra. Além disso, a pesquisa indica que os medicamentos levados na missão podem perder a eficácia em razão da duração da viagem. A NASA estima que uma viagem só de ida para Marte leva cerca de nove meses, mas pode variar de acordo com a posição da Terra e de Marte.

Enquanto na Estação Espacial Internacional os medicamentos podem ser reabastecidos regularmente, uma missão a Marte não terá essa possibilidade. Ou seja, os astronautas terão que depender apenas dos suprimentos iniciais.

Pesquisadores da Duke University School of Medicine avaliaram a durabilidade dos medicamentos atualmente utilizados na Estação Internacional, presumindo que missões a Marte teriam um estoque semelhante. Eles descobriram que, na embalagem original, muitos medicamentos não durariam o tempo necessário para a missão.

Para garantir a saúde dos astronautas, as agências espaciais terão que desenvolver métodos para prolongar a validade dos medicamentos ou aceitar os riscos de usar remédios vencidos.

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