AstraZeneca: "Os níveis de anticorpos que neutralizam a ômicron após uma terceira dose da vacina anticovid da AstraZeneca eram globalmente similares aos níveis alcançados após duas doses contra a variante delta" (Anthony Devlin/Bloomberg/Getty Images)
AFP
Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 06h50.
Última atualização em 23 de dezembro de 2021 às 06h51.
O laboratório farmacêutico AstraZeneca afirmou neta quinta-feira (23) que a terceira dose de sua vacina contra a covid-19 aumenta "significativamente" o nível de anticorpos contra a variante ômicron, de acordo com um estudo clínico.
O grupo anglo-sueco anunciou de maneira paralela em um comunicado separado que seu coquetel de anticorpos de longa duração Evusheld para a prevenção a covid "mantém sua atividade de neutralização contra a variante ômicron", segundo um estudo da Universidade de Oxford e da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis (EUA).
"Os níveis de anticorpos que neutralizam a ômicron após uma terceira dose da vacina anticovid da AstraZeneca eram globalmente similares aos níveis alcançados após duas doses contra a variante delta", afirma o comunicado.
"Os níveis observados após uma terceira dose eram mais elevados que os anticorpos detectados nos indivíduos que foram infectados antes e se recuperaram das variantes alfa, beta, delta e da cepa de origem da covid-19", explica a AstraZeneca.
O estudo sobre a terceira dose foi organizado de "maneira independente" por pesquisadores da Universidade de Oxford, instituição com a qual a AstraZeneca desenvolveu a vacina.
Vários estudos recentes, em laboratório, mostram que os níveis de anticorpos registram queda para a variante ômicron nas pessoas vacinadas com os fármacos Pfizer/BioNTech e Moderna, e redução ainda mais expressiva com AstraZeneca ou a vacina chinesa Sinovac.
Pfizer/BioNTech e Moderna também anunciaram recentemente que uma dose de reforço parece aumentar consideravelmente a imunidade com os anticorpos, mas não há dados sobre o tempo de duração da proteção.