Artemis 1: missão marca o primeiro passo de viagens espaciais de volta à Lua (EVA MARIE UZCATEGUI/AFP/Getty Images)
A Nasa planejava lançar a missão não tripulada Artemis 1 na manhã desta segunda-feira, às 9h33 no horário de Brasília.
Contudo, a agência informou que uma equipe de engenheiros identificou um problema em um dos motores do foguete. A contagem regressiva foi suspensa e o lançamento cancelado.
A expectativa é que o foguete esteja apto para a viagem na próxima sexta-feira, 2.
Artemis 1 é um voo de teste do foguete Space Launch System (SLS), de 98 metros, e da cápsula Orion, que fica na parte superior, com o objetivo de garantir que é possível transportar astronautas de maneira segura no futuro.
Manequins equipados com sensores ocuparão os lugares dos futuros membros da tripulação, registrando os níveis de vibração, aceleração e radiação.
Orion orbitará a Lua antes de cair no Oceano Pacífico.
Programado para 2024, Artemis 2 será um voo tripulado que orbitará a Lua, mas sem pousar, similar ao que fez a Apolo 8. A formação da tripulação de quatro astronautas será anunciada até o fim do ano. Um canadense deve estar no grupo.
A terceira missão Artemis será a primeira a colocar astronautas na Lua desde a Apolo 17 em dezembro de 1972. A nave tripulada alunará no polo sul da Lua, onde foi detectada água em forma de gelo. As alunissagens anteriores aconteceram perto do equador.
Artemis 3 está programada para 2025, mas é possível que o voo não aconteça antes de 2026, segundo uma auditoria independente do programa.
A partir de Artemis 3, a Nasa planeja enviar missões tripuladas uma vez por ano.
A Nasa escolheu a empresa SpaceX de Elon Musk para construir o módulo de alunissagem para Artemis 3.
A nave da SpaceX, ainda em desenvolvimento, servirá como um ônibus espacial para os tripulantes da cápsula até a superfície lunar e no retorno.
O programa Artemis inclui a construção de uma estação espacial chamada Gateway, que orbitará a Lua.
O lançamento dos dois primeiros elementos - o módulo de alojamento e o sistema de propulsão - está planejado para o final de 2024, no prazo mais curto, por um foguete Falcon Heavy da SpaceX.
As tripulações da Orion seriam responsáveis pela montagem da Gateway. Os astronautas passariam entre 30 e 60 dias na estação e, eventualmente, teriam acesso a um módulo de alunissagem para seguir até a Lua e retornar.
Gateway também serviria como ponto de parada para qualquer futura viagem a Marte.
O objetivo final do programa Artemis é o que a Nasa chama de "próximo grande salto: a exploração humana de Marte".
A Nasa utilizará o conhecimento adquirido com o programa Artemis sobre trajes espaciais, veículos, propulsão, reabastecimento e outras áreas para preparar uma viagem a Marte.
O objetivo é aprender a manter uma presença humana no espaço profundo por um longo período.
O plano inclui a criação de um "acampamento base" na Lua, que possibilitaria a presença dos astronautas por até dois meses.
Enquanto uma viagem para a Lua leva apenas alguns dias, uma viagem a Marte demoraria no mínimo vários meses.