Ciência

Arroz branco saudável está prestes a se tornar realidade

Uma nova variedade de arroz tem uma camada externa de quatro a 12 vezes mais espessa que o normal

 (Pixabay/Reprodução)

(Pixabay/Reprodução)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 15h22.

Última atualização em 8 de novembro de 2018 às 15h22.

Embora seja delicioso, não há como negar que o arroz branco pode causar estragos em sua dieta - isto é, a menos que alguém consiga produzir uma versão refinada com os mesmos benefícios de seu irmão integral.

Felizmente, a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Austrália (CSIRO, na sigla em inglês) acaba de fazer isso. O órgão criou uma variedade de arroz que tem uma camada externa de quatro a 12 vezes mais espessa que o normal. Isso significa que o grão pode ser polido para remover a camada externa e produzir um arroz branco que retém mais dos nutrientes encontrados na variedade integral, de acordo com a CSIRO.

"Nossa paixão pelo arroz não vai desaparecer, mas, infelizmente, nossas cinturas estão desaparecendo, e consumir muito arroz branco não está ajudando", disse Eliza Keck, assessora de comunicações da CSIRO no site do órgão governamental. "Felizmente, a demanda por variedades de arroz mais saudáveis tem aumentado nos últimos anos, e é aí que entra nossa inovação."

A organização australiana afirma que desenvolveu o arroz com a Academia Chinesa de Ciências e que ele foi testado com sucesso por produtores no país asiático. A nova variedade tem pouco ou nenhum efeito sobre o crescimento e o rendimento do arroz, informou a CSIRO. A China, que consome mais de 100 quilos de arroz per capita todo ano, tem um forte incentivo para que variedades mais saudáveis se tornem mais populares, porque o país tem a população mais diabética do mundo.

A CSIRO uniu forças com a Academia Chinesa de Ciências e com a Academia Chinesa de Ciências Agrícolas para ver se sua inovação também pode ser aplicada ao trigo, à cevada e ao sorgo.

Acompanhe tudo sobre:Dietas

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido