Ciência

Aranha mexicana surpreende especialistas por seu tamanho

Apesar do seu aspecto feroz, a espécie não é agressiva e seu veneno não é mortal para humanos

Califorctenus Cacachilensis: esta aranha de patas compridas (10 centímetros) e corpo pequeno tem cerca de 23 cm de diâmetro (Museu de História Natural de São Diego/Divulgação)

Califorctenus Cacachilensis: esta aranha de patas compridas (10 centímetros) e corpo pequeno tem cerca de 23 cm de diâmetro (Museu de História Natural de São Diego/Divulgação)

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AFP

Publicado em 25 de abril de 2017 às 21h48.

Última atualização em 26 de abril de 2017 às 14h56.

Uma nova espécie de aranha, endêmica da península de Baja California no noroeste do México, surpreendeu cientistas de três países devido ao seu tamanho enorme e aspecto temível, embora eles assegurem que sua picada não é letal para o homem.

O aracnídeo foi batizado Califorctenus Cacachilensis por ser originário do estado mexicano de Baja California Sur e encontrado em cavernas de Las Cacachillas, explicou María Luisa Jiménez, especialista do Centro de Pesquisas Biológicas do Noroeste (CIBNOR).

"A primeira vez que a vi fiquei muito impressionada com seu tamanho", disse Jiménez à AFP em uma entrevista telefônica nesta terça-feira.

"Em todos os meus anos de experiência nunca encontrei uma aranha tão grande, quase do tamanho de um prato normal de comida".

Esta aranha de patas compridas (10 centímetros) e corpo pequeno tem cerca de 23 cm de diâmetro.

Califorctenus Cacachilensis

- (Museu de História Natural de São Diego/Divulgação)

É similar à aranha errante brasileira, conhecida pelo seu veneno potente, e parente de outras tarântulas do país. Assim como elas, tem um corpo peludo e achatado.

Apesar do seu aspecto feroz, a espécie não é agressiva, "a menos que você queira pegá-la", assegurou Jiménez. E "seu veneno não é mortal para o homem", acrescentou.

A nova espécie tem hábitos noturnos e é corredora, de modo que é difícil encontrá-la, detalhou a pesquisadora.

Foi encontrada pela primeira vez em 2013, durante uma expedição conjunta entre pesquisadores do Museu de História Natural de San Diego (theNAT), no sudoeste dos Estados Unidos, e colegas mexicanos, segundo o blog desta instituição.

Para determinar suas características e parentesco com outras espécies, os cientistas americanos convocaram Jiménez e uma especialista brasileira da Universidade de Campinas.

"Capturamos oito espécimes, os comparei em meu catálogo taxonômico e chegamos à conclusão de que é um novo exemplar", contou Jiménez.

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