Ciência

Álcool em gel fica pegajoso por causa do novo coronavírus

Apesar da mudança na produção, é importante ressaltar que a eficácia do álcool em gel não foi afetada. Entenda o que aconteceu:

Álcool em gel: produto se tornou necessário durante a pandemia (Aleksandr Zubkov/Getty Images)

Álcool em gel: produto se tornou necessário durante a pandemia (Aleksandr Zubkov/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 22 de julho de 2020 às 12h32.

Última atualização em 22 de julho de 2020 às 14h34.

Se você reparou que o álcool em gel ficou mais pegajoso depois da pandemia do novo coronavírus, você não foi o único. Desde esta terça-feira (22), pessoas no Twitter têm discutido o por que de um item que se tornou indispensável ter mudado sua consistência tão drasticamente. A explicação é bastante simples.

Exatamente por conta da covid-19, um componente essencial para que o álcool fique espesso, o polímero carbopol, está em falta no mercado pela alta demanda. O álcool em gel, em si, não é um produto de fabricação muito complexa. 

Apesar da mudança, é importante ressaltar que a eficácia do álcool em gel não foi afetada. Para driblar a falta do carbopol, as farmacêuticas têm investido em uma nova substância para manter a espessura do produto. É claro que não fica a mesma coisa, mas, no momento de escassez, é melhor que nada. Algumas empresas, como a Ypê, encontraram novos espessantes na indústria. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também acelerou as licenças para o produto. 

Quando a pandemia começou, a corrida para garantir um álcool em gel para chamar de seu fez com que o produto esgotasse em diversos merdados. Em maio, no entanto, o problema foi o excesso de produtos nas prateleiras de farmácias e mercados.

O preço do produto chegou a crescer 14,8% no primeiro trimestre do ano, de acordo com levantamento feito pela Bionexo, multinacional brasileira de soluções digitais para gestão em saúde. No mesmo período, a demanda pelo produto aumentou 122,95%.

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