Ciência

Álcool é mais prejudicial ao cérebro do que maconha, diz estudo

Uma pesquisa conduzida no Colorado, Estados Unidos, descobriu que o consumo de álcool pode prejudicar mais o cérebro do que o consumo de maconha

Maconha: consumo pode ser menos maléfico ao cérebro do que o de bebidas alcoólicas (UrosPoteko/Thinkstock)

Maconha: consumo pode ser menos maléfico ao cérebro do que o de bebidas alcoólicas (UrosPoteko/Thinkstock)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 18 de fevereiro de 2018 às 07h00.

Última atualização em 9 de agosto de 2019 às 16h02.

São Paulo – Um estudo conduzido nos Estados Unidos chegou à conclusão que o consumo de bebidas alcoólicas pode ser mais prejudicial para o cérebro do que o consumo de maconha.

Os pesquisadores chegaram à essa conclusão ao notar diminuição do volume de massa cinzenta e massa branca entre pessoas que consumiam bebidas alcoólicas, mas não entre os usuários de cannabis.

Para realizar a pesquisa, participaram mais de 850 adultos e 430 adolescentes. O estudo foi realizado na Universidade de Colorado-Boulder. É importante lembrar que o estado do Colorado é um dos que liberaram o consumo da cannabis para fins recreativos nos Estados Unidos.

Vale lembrar que a massa cinzenta é responsável por controlar as funções cerebrais, enquanto que a massa branca controla a comunicação entre os nervos e o cérebro. A diminuição do volume, aliás, é um sinal negativo e pode levar à piora nas funções cerebrais.

Ao site Medical News Today, Kent Hutchinson, coautor do estudo, disse que “enquanto a maconha tem efeitos negativos, definitivamente não chega perto das consequências negativas do álcool”.

Mesmo assim, os pesquisadores levam as conclusões com cautela. Na entrevista, Hutchinson afirma que o histórico de pesquisas relacionado ao efeito do consumo da cannabis varia. Estudos chegam a se contradizer e apresentar conclusões muito diferentes.

A liberação de uso recreativo em alguns estados americanos pode dar novo fôlego às pesquisas relacionadas ao tema. Além do Colorado, Washington, Oregon, Califórnia e Alaska são os estados que legalizaram o consumo recreativo da planta.

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