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Agricultores notificam empresas por falha em transgênicos

Agricultores do Mato Grosso notificaram quatro empresas de biotecnologia reclamando da perda de eficiência de um tipo de milho transgênico


	Plantação de milho transgênico: variedade teria falhado em conferir a prometida resistência a lagartas
 (Khaled Desouki/AFP/AFP)

Plantação de milho transgênico: variedade teria falhado em conferir a prometida resistência a lagartas (Khaled Desouki/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 19h12.

São Paulo - A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) informou nesta segunda-feira que notificou extrajudicialmente quatro empresas de biotecnologia reclamando da perda de eficiência de um tipo de milho transgênico.

A entidade disse que variedades de milho BT da Monsanto, DuPont, Dow Chemical e Syngenta falharam, na última safra, em conferir a prometida resistência a lagartas.

"As lagartas deveriam morrer ao comerem o milho. Mas, considerando que elas não morreram neste ano, produtores tiveram de gastar em média 120 reais por hectares... em um período em que os preços do milho estão terríveis", disse o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk, Segundo a Aprosoja-MT, o custo de produção aumentou em decorrência das aplicações a mais de inseticidas.

As empresas dizem que cabe aos produtores utilizar a tecnologia adequadamente, seguindo as recomendações técnicas para garantir a eficiência da tecnologia.

"A companhia orienta os produtores rurais quanto à necessidade de adoção de um sistema de manejo integrado de pragas, que inclui, entre outras ações, o cultivo das áreas de refúgio que são essenciais para manter o equilíbrio das populações de pragas-alvo", disse a Dow AgroSciences, divisão de agronegócios da Dow Chemical, em nota.

Já a DuPont afirmou que seus híbridos "continuam a oferecer controle efetivo contra um amplo espectro de pragas e, quando combinados com as melhores práticas de manejo", permitem que os produtores atinjam todo o potencial das variedades.

A Dow disse que está analisando as alegações indicadas no documento da Aprosoja e disse que vai se posicionar dentro de um prazo de dez dias cobrado pela associação.

Já a DuPont informou que "até o momento não recebeu nenhuma notificação" sobre a eficiência da tecnologia.

A Monsanto informou que ainda não recebeu a notificação extrajudicial da Aprosoja e que vai se manifestar quando analisar os respectivos termos da notificação. Procurada pela Reuters, a Syngenta não se manifestou imediatamente.

A Aprosoja quer que as empresas ofereçam soluções para as falhas apresentadas pela tecnologia e uma forma de ressarcir os prejuízos enfrentados pelos produtores rurais de Mato Grosso.

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