Ciência

África do Sul identifica nova mutação da covid-19 e casos aumentam

O país tem o maior número de infecções de coronavírus do continente, aproximando-se da marca de 900 mil

Africa do Sul: "os indícios que foram compilados, portanto, sugerem fortemente que a atual segunda onda que estamos vivendo está sendo impulsionada por esta nova variante" (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

Africa do Sul: "os indícios que foram compilados, portanto, sugerem fortemente que a atual segunda onda que estamos vivendo está sendo impulsionada por esta nova variante" (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 18h15.

A África do Sul identificou uma nova variante do coronavírus que está impulsionando uma segunda onda de infecções no país, disse o ministro da Saúde nesta sexta-feira, dias depois de o Reino Unido dizer que também descobriu uma nova cepa do vírus causando um aumento de casos.

"Convocamos esta entrevista pública hoje para anunciar que uma variante do vírus Sars-CoV-2 --atualmente denominada de variante 501.V2-- foi identificada por nossos cientistas de genômica aqui na África do Sul", tuitou o ministro da Saúde, Zweli Mkhize.

"Os indícios que foram compilados, portanto, sugerem fortemente que a atual segunda onda que estamos vivendo está sendo impulsionada por esta nova variante", acrescentou.

A África do Sul tem o maior número de infecções de coronavírus do continente, aproximando-se da marca de 900 mil, e soma 20 mil mortes relacionadas ao vírus. Um ressurgimento de casos levou o governo a endurecer as restrições sociais nesta semana.

Também nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que está em contato com os pesquisadores sul-africanos que identificaram a nova cepa.

A entidade global disse não haver indícios de que houve mudanças na maneira como a nova linhagem do vírus está se comportando.

"Estamos trabalhando com eles em nosso grupo de trabalho sobre a evolução do vírus Sars-CoV-2. Eles estão cultivando o vírus no país e estão trabalhando com pesquisadores para determinar quaisquer mudanças no comportamento do próprio vírus em termos de transmissão", disse a epidemiologista da OMS, Maria Van Kerkhove, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

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