(EXAME/Divulgação)
Karina Souza
Publicado em 15 de agosto de 2021 às 11h48.
Última atualização em 15 de agosto de 2021 às 11h50.
Com a volta gradual do comércio -- e, para muitas pessoas, também da volta aos escritórios -- diminuir ao máximo o risco de pegar covid-19 ao entrar em carro de aplicativo é um ponto fundamental. De olho nessa tendência, pesquisadores da Universidade de Swansea, no Reino Unido, concluíram que abrir as janelas do carro por apenas 10 segundos pode diminuir em 97% a quantidade de partículas de coronavírus dentro do veículo.
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Ainda segundo a pesquisa, é necessário repetir o processo de cinco a dez minutos, sempre que alguém tossir ou espirrar dentro do carro.
De acordo com os resultados, também publicados pela BBC, quanto o veículo está a 50 quilômetros por hora, é necessário apenas abrir duas janelas do carro, de preferência na diagonal (por exemplo, abrindo a janela dianteira à direita e a traseira à esquerda). Em uma velocidade menor do que essa, é necessário abrir as quatro janelas.
Isso acontece porque a diferença entre a pressão do ar no interior e no exterior do veículo cria uma corrente de ar capaz de "sugar" o vírus, segundo os pesquisadores.
O professor Li, um dos responsáveis pela pesquisa, afirma que sentar-se no assento dianteiro é ainda melhor -- sempre que possível -- em risco de transmissão da doença. Caso os passageiros fiquem nos bancos traseiros, a orientação é a de sentarem no lado oposto ao que a janela está aberta, caso apenas dois vidros estejam abaixados.
Do lado das empresas, em março do último ano, a 99 criou uma solução para desinfetar carros de motoristas contra a covid-19. A tecnologia, desenvolvida em parceria com startup brasileira Aurratech, oferece higienização gratuita para os carros de motoristas parceiros. Em março do ano passado, época em que foi lançada, a solução tinha capacidade de desinfetar cerca de 300 carros por dia.
Em maio do mesmo ano, a rival Uber também trouxe um Centro de Higienização voltado a motoristas e entregadores parceiros no país. Na época, era possível higienizar o carro em até 10 minutos, além de adquirir equipamentos de proteção, como a instalação de divisórias.
Mesmo com as orientações e o avanço da vacinação no país, o uso de máscaras segue recomendado por especialistas para evitar a transmissão da covid-19. Máscaras do tipo PFF2 (ou N95) têm a capacidade de filtrar mais de 80% das partículas que causam a doença, enquanto máscaras de pano têm uma taxa média de proteção de 40%.
Em relação à vacinação, o Brasil tem atualmente 23,39% da população completamente imunizada, segundo os dados divulgados pelo consórcio de imprensa no dia 14 de agosto. Ao todo, 54,06% da população tomou apenas a primeira dose (e não pode ser considerada imunizada contra a doença).
Mesmo com os avanços graduais, a variante Delta reforça a necessidade de uso das máscaras mesmo para quem já está completamente imunizado. Países como Reino Unido e Estados Unidos notam aumento vertiginoso de casos, mesmo com uma ampla parte da população imunizada.
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