Segundo Renato Azevedo Jr., presidente do Cremesp, o levantamento apontou a deficiência nos serviços e a desassistência aos pacientes (VEJA SP)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 15h53.
São Paulo - Fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) apontou que mais da metade dos 71 prontos-socorros públicos (23 na capital e 48 em 35 municípios do interior) avaliados tem pacientes em macas nos corredores, não consegue transferir doentes para serviços de referência, está com equipes médicas incompletas e não conta com chefia de plantão.
O levantamento também mostra que quase 30% dos prontos-socorros possuem salas de emergência inadequadas. Um dos problemas é a falta de pelo menos um item na lista de matéria de uso permanente, como marca-passos externos e jogos de pinça.
Segundo Renato Azevedo Jr., presidente do Cremesp, o levantamento apontou a deficiência nos serviços e a desassistência aos pacientes.
"Os serviços de urgência e emergência são um grande problema de saúde pública. Nós responsabilizamos as secretarias municipais, estadual e o Ministério da Saúde pela falta de financiamento adequado", disse.
O médico Bráulio Luna Filho, conselheiro do Cremesp, afirma que há pacientes morrendo por causa da precariedade do serviço. "Há gente morrendo, sem dúvida. Muitas pessoas deveriam receber um atendimento prioritário e não recebem, não há recursos técnicos necessários, falta infraestrutura para exames. O atendimento é postergado. A população não tem alternativa."
Os resultados da fiscalização serão encaminhados ao Ministério da Saúde, à Secretário de Estado da Saúde e às secretarias municipais.