Zenith: 50 anos do clássico El Primero (Zenith/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 20 de agosto de 2019 às 07h00.
Última atualização em 20 de agosto de 2019 às 07h00.
Em 1962, não havia cronógrafos automáticos no mercado e a relojoaria suíça Zenith resolveu sair na frente. Sete anos depois, lançou o El Primero, equipado com um sistema mecânico que oscila a uma frequência de 36 mil vibrações por hora, o que lhe permite, portanto, medir um décimo de segundo.
Ótimo, mas a companhia foi vendida para a Zenith Radio Corporation em 1971. Fabricante de rádios e televisões sediada em Chicago, nos Estados Unidos, essa última não via futuro nos relógios mecânicos e mandou suspender a produção. Mais: ordenou que o maquinário necessário para produzi-los fosse para o lixo.
Charles Vermot, no entanto, um dos responsáveis pela produção, se recusou a cumprir as ordens e, sem que ninguém soubesse, guardou as ferramentas necessárias para confeccionar o El Primero. Graças a ele, a comercialização do produto pôde recomeçar em 1984. Adquirida pelo conglomerado de luxo LVMH em 1999, a relojoaria inovou o icônico relógio o máximo possível desde então.
Para celebrar os 50 anos de seu lançamento, a Zenith lançou uma caixa com três modelos do El Primeiro. Um deles prova o quanto o produto avançou. Na caixa de 44 milímetros encontra-se um sistema mecânico que oscila a uma frequência de 360 mil vibrações por hora. Em outras palavras, sua precisão é de 1/100 de segundo. Apenas 50 kits foram colocados à venda, cada um deles a US$ 50 mil. zenith-watches.com