"A realidade em que vivemos hoje exige adaptabilidade; pede que todos sejamos fluidos", disse Alessandro Sartori, diretor criativo. (Zegna/Divulgação)
Julia Storch
Publicado em 14 de janeiro de 2022 às 17h41.
Funcional e confortável, com um ar de formalidade que transita entre o ambiente ao ar quanto ao lado profissional. Esta foi a proposta de Zegna na abertura da Semana de Moda Masculina de Milão.
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Atravessando o Oasi Zegna, território no Piemonte, norte da Itália. A estrada 232 foi a inspiração para Alessandro Sartori. Desde o ano passado, a marca vem recompondo suas peças com novas formas, materiais e funções.
“Continuo olhando o mundo através das lentes de Zegna. A realidade em que vivemos hoje exige adaptabilidade; pede que todos sejamos fluidos. Traduzir essa ideia em roupas significa construir uma linguagem de formas e texturas que cresce e se consolida ao longo do tempo, combinando com as necessidades do momento. A noção de híbrido é uma que continuo explorando, porque há um progresso no apagamento de categorias sóbrias”, diz Alessandro.
A coleção conta com sobreposições e a fusão de formas: os casacos em forma de trapézio são usados sobre conchas internas de seda técnica gravada; as peças de couros finos são cortados em camisas coladas em caxemira, usadas sozinhas ou sob blazers.
A silhueta é fluida, mas nítida, e com camadas de casacos e jaquetas, parkas e pulôveres, já as calças afunilam na bainha. Golas, bolsos e fechos apresentam detalhes sutis.
Bolsas acolchoadas, botas de mergulho e óculos de proteção dão o toque final aos looks.
A coleção é apresentada na forma de um filme com constantes desvios de pontos de vista e em cenários de inverno ao ar livre e interiores futurísticos e minimalistas.
A performance no vídeo foi feita pelo coreógrafo francês Sadeck Waff, e simboliza o artesanato e as 160 mãos que fabricaram a coleção.