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Wimbledon quer barrar tenistas russos e bielorussos por guerra na Ucrânia

Decisão excluiria o atual número 2 do mundo Daniil Medvedev e outros três que figuram no top 30 do ranking masculino; entre mulheres, Victoria Azarenka, ex-líder do circuito, ficaria de fora

Tenista russo Daniil Medvedev na semifinal do Aberto Mexicano, em Acapulco. (Henry Romero/Reuters)

Tenista russo Daniil Medvedev na semifinal do Aberto Mexicano, em Acapulco. (Henry Romero/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 20 de abril de 2022 às 09h13.

A organização de Wimbledon planeja vetar tenistas russos e bielorussos de disputar o Grand Slam deste ano, previsto para começar no final de junho, por causa da invasão da Ucrânia. A proibição faria do torneio o primeiro evento da modalidade a restringir a participação de atletas desses países.

A decisão excluiria, por exemplo, o atual número 2 do mundo, Daniil Medvedev, que chegou a alcançar a liderança do ranking da ATP no início de 2022. Outros três russos estão entre os 30 melhores do mundo. São eles: Andrey Rublev (8º), Karen Khachanov (26º) e Aslan Karatsev (30º).

Entre as mulheres, a principal tenista é Aryna Sabalenka, da Bielorússia, que ocupa a 4ª colocação. A Rússia tem cinco mulheres no top 40 do ranking da WTA, incluindo Anastasia Pavlyuchenkova (15ª) e Victoria Azarenka (18ª), ex-número 1 do mundo.

Um alto funcionário internacional do tênis confirmou ao jornal americano The New York Times, em condição de anonimato, a iminência do anúncio por parte da All England Club, que organiza o torneio.

Após o início da guerra na Ucrânia, organizadores profissionais de tênis barraram a participação de russos e bielorussos de torneios em equipes, como a Copa Davis, vencida pela Rússia no ano passado. Eventos masculinos e femininos que seriam disputados em Moscou nesta temporada também foram cancelados. A Federação Internacional de Tênis ainda anunciou a suspensão das federações de ambos os países entre seus associados.

Em contrapartida, os atletas continuaram autorizados a competir individualmente. Autoridades da modalidade argumentaram que os jogadores não deveriam ser culpados pelas políticas de seus países e citaram que alguns deles chegaram a se manifestar contra a guerra.

Roland Garros, cujo início está marcado para o próximo mês, e US Open, que ocorrerá entre agosto e setembro, não sinalizaram que pretendem barrar os atletas das disputas individuais. Wimbledon, no entanto, está sob pressão do governo britânico para adotar uma postura mais contundente, de acordo com o NYT.

O ministro do esporte do Reino Unido, Nigel Huddleston, disse em audiência no mês passado que, para jogarem em Wimbledon, os jogadores russos poderiam ter de fornecer "garantias" de que não apoiam as ações do presidente Vladimir Putin.

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