(Foto/Reprodução)
Agência O Globo
Publicado em 30 de janeiro de 2022 às 10h32.
Não importa o resultado da luta de boxe que fará contra Acelino “Popó” Freitas neste domingo, a partir das 19h (com transmissão pelo Canal Combate): o humorista Whindersson Nunes pretende comprar um “cento de salgadinhos de festa e comer sozinho”. A abastança contrasta com a privação dos últimos dias: pouca água (para chegar aos 75kg que lhe qualificariam para o embate), pouca comida, pouco descanso.
— Estou fraco, estressado, dando falta de tudo que era abundante e não dava valor — diz o piauiense de 27 anos, um dos maiores youtubers do Brasil, com 43,4 milhões de inscritos no canal.
A pergunta que paira é: por que razão esta potência das redes sociais (56,3 milhões no Instagram, 23,8 milhões no Twitter; 19,9 milhões no TikTok) e do stand-up comedy (no show de Manaus, em dezembro, juntou 30 mil pessoas num estádio) decidiu dar a cara, literalmente, a tapa?
— Gosto de viver outras vidas. É legal fazer algo diferente para poder abrir a cabeça. Engraçado falar “abrir a cabeça” e lutar contra o Popó, né (risos) — diz ele.
Com a autobiografia “Vivendo como um guerreiro” recém-lançada e a caminho dos EUA e do Canadá para uma turnê de shows de stand-up, que começa na quinta-feira, o jovem de Palmeira do Piauí conversou com O GLOBO sobre o balanço que faz da carreira, planos para o cinema, depressão e desafios da vida digital.
— Acho que fiz uns 75% de tudo o que planejei. É acima da média. E aí você entende a hora de descansar, percebe que não é uma máquina, e sim uma pessoa normal (Whindersson promete dar uma pausa na carreira no segundo semestre). Acho que criei um grande respaldo, e isso me dá longevidade — diz o humorista, que está à frente de um leilão com itens doados por celebridades em prol da população da Bahia afetada pelas enchentes.