Você já deve ter visto casos de pessoas com fobia de avião, barata e até de elevador, mas já viu alguém com fobia de robôs?

Alice Mandará, de 33 anos, que trabalha como voluntária na Campus Party 2014, não suporta ver nenhum tipo de robô em sua frente. O problema é que, na feira, projetos robóticos perambulando entre os participantes são comuns. 

Para a infelicidade da garota, nesta terça-feira (28), nos corredores do Anhembi Parque, estava o professor de robótica Sergio Costa, que controlava uma de suas três criações feitas com sucata: o robô Endeavour.

Apresentado na primeira edição da Campus Party, em 2008, Endeavour foi seguido o tempo todo por dezenas de pessoas que tiravam fotos e o tietavam, encantadas. Enquanto Alice realizava mais um atendimento, aconteceu o encontro inusitado entre a máquina e a jovem, que não pretendia ter contato nenhum com os companheiros de lata – sua reação na hora foi de medo e pavor.

Medo desde a infância – O trauma começou aos 8 anos de idade, discreto, quando seu pai lhe mostrou um brinquedo que se movia e lhe causava aflição. Não demorou muito para sua "robofobia" se desenvolver.

Segundo a jovem, que também está acampada curtindo a feira, o filme Robocop (1987) só piorou as coisas. "Quando o projeto do robô ED-209 foi apresentado pela corporação Omni pela primeira vez, a sensação foi assustadora. Tive até pesadelos à noite", contou.

Veja a cena mencionada abaixo:

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Questionada sobre assistir ou não a nova versão de Robocop, do diretor José Padilha, a campuseira foi direta e reta. "Ah, não! Já pensou se tem aquela cena do ED-209, eu iria morrer no cinema", concluiu.

O evento segue até o dia 2 de fevereiro com ingressos esgotados para o camping, mas a entrada para o pavilhão de exposições é gratuita (Open Campus).