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Volta às praias próximas a Roma, mas sem espreguiçadeiras

Os romanos puderam praticar esportes, caminhar e nadar, mas tomar sol na areia está proibido por enquanto

Italianos aproveitam a praia em Ostia, no oeste de Roma: distanciamento (Sonia Logre/AFP Photo)

Italianos aproveitam a praia em Ostia, no oeste de Roma: distanciamento (Sonia Logre/AFP Photo)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 23 de maio de 2020 às 16h24.

Última atualização em 23 de maio de 2020 às 16h26.

Depois de dois meses de confinamento devido à pandemia do coronavírus, os moradores de Roma puderam voltar às praias neste final de semana. Podem praticar esportes, caminhar e nadar, mas tomar sol na areia está proibido no momento.  

Sob um lindo céu de primavera, centenas de pedestres - que caminham em casal, em família ou com o cachorro - desfrutam da praia de Fregene, na costa do Lácio, conforme relato de um jornalista da AFP neste sábado.

Alguns, mais ousados, tentam se bronzear. Em seguida, um policial municipal ou um funcionário local, vestindo um colete fluorescente, aproxima-se calmamente deles para lembrá-los de que é proibido deitar na areia antes da reabertura completa das praias da região em 29 de maio.

Tudo com bom humor e alegria aparente, graças à liberdade recuperada.

"Fiquei tão feliz, sentia tanta falta do mar. Respirar um pouco de iodo, pôr os pés na areia, na água, comer um prato de espaguete. É mais do que suficiente para mim", diz Arianna Tucci, uma moradora de Roma.

Turistas usam máscaras de proteção facial em Roma, Itália

Turistas com máscaras em Roma: atrações e comércio abertos (Remo Casilli/Reuters)

"Não sei se poderemos viajar para o exterior neste verão. Bem, se não pudermos, passaremos nossas férias aqui! Não fazemos isso há muito tempo e há muitos lugares bonitos na Itália", disse. "Tem sido um pouco difícil para todos, mas acho que estamos saindo da pandemia da covid-19", finaliza Tucci.

"O mar é algo que você pode desfrutar sozinho, sem ninguém. Depois de todos esses dias trancados em casa, essa é a melhor experiência para recuperar a sensação de liberdade. E também relaxar", diz Angelo Sabatino, professor em Roma.

Com exceção dos policiais municipais, poucas pessoas usam máscaras cirúrgicas, algumas das quais, já usadas, foram jogadas na areia.

Muito afetada pela epidemia, que causou mais de 32.000 mortes em três meses no país, a Itália acelerou o desconfinamento nesta semana, com a reabertura de inúmeras lojas, bares e restaurantes.

Piscinas e academias estarão funcionando novamente, em teoria, na próxima semana. É permitido o acesso às praias e, principalmente, ao comércio.

Mas as medidas variam de uma região para outra e são feitas com o princípio comum de impor um mínimo de distância social para evitar multidões e impedir a transmissão do vírus.

De acordo com um decreto do governo, que entrou em vigor em 18 de maio, são necessários pelo menos 10 m2 em torno de cada guarda chuva (na prática, de 3 a 3,50 metros), e 1,5 metros entre espreguiçadeiras ou toalhas.

Jogos em equipe, como vôlei, estão proibidos, mas atividades aquáticas (surf, windsurf e outros) são permitidas.

As praias já estão abertas na Ligúria (noroeste), em Veneto (nordeste). As da Emilia Romagna e Toscana (centro) também estarão acessíveis a partir deste sábado. Ainda não foi anunciada uma data de abertura para as da Campânia (Nápoles e suas ilhas).

"Não estou preocupado porque as disposições especificam que a máscara é obrigatória apenas em espaços fechados, não é obrigatória ao ar livre. O importante é respeitar as regras de distância", diz o professor.

"As pessoas que estão juntas na praia, é porque são da mesma família, vivem juntas e, portanto, não é um problema", supõe.

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