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"Violência" de Pistorius não tem relação com uso de doping

"Se a acusação é de um assassinato premeditado, então gostaria de dizer que isso não pode ser atribuído ao uso de esteróides", afirma o professor Charles Yesalis


	O atleta paralímpico Oscar Pistorius: há um milhão ou mais de usuários de esteróides nos EUA e nenhuma evidência convincente de que a substância leve a estes tipos de atos
 (REUTERS/Siphiwe Sibeko)

O atleta paralímpico Oscar Pistorius: há um milhão ou mais de usuários de esteróides nos EUA e nenhuma evidência convincente de que a substância leve a estes tipos de atos (REUTERS/Siphiwe Sibeko)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 16h51.

São Paulo - Depois que a polícia sul-africana encontrou esteróides anabolizantes na casa de Oscar Pistorius, após a morte de sua namorada (o atleta biamputado é acusado pelo crime) muitas pessoas fizeram especulações que ligavam o "comportamento agressivo" do atleta olímpico com o uso de doping. Tal especulação não parece ter fundamento, é o que afirma um especialista em anabolizantes.

"Se a acusação é de um assassinato premeditado, então gostaria de dizer que isso não pode ser atribuído ao uso de esteróides", afirma Charles Yesalis, professor emérito da Universidade de Penn State e editor do Anabolic Steroids in Sport and Exercise.

Yesalis, que já atuou como consultor sobre esteróides em um caso de assassinato, diz que incidentes de atividade criminosa decorrentes de esteróides são incomuns. "Esses incidentes são extremamente raros se você considerar todas as pessoas que têm ou estão a tomando esteróides.

Há um milhão ou mais de usuários de esteróides nos EUA e nenhuma evidência convincente de que a substância leve a estes tipos de atos. Se isso fosse um fator de risco significativo para este tipo de comportamento, teríamos jogadores da NFL (Liga Profissional de Futebol Norte-Americano) sendo julgados toda a semana em algum Tribunal."

Além disso, Yesalis diz que se Pistorius estava mesmo tomando esteróides, ele provavelmente usaria a substância em baixas quantidades. Ou seja, doses incapazes de produzir um comportamento agressivo. "Os valores que um velocista precisa consumir de esteróides é significativamente menor do que um atleta de força necessitaria", conta o especialista. "E, se o atleta realiza exame antidoping frequentemente (como no caso de Pistorius) ele precisa consumir pequenas quantidades, quase ao nível de uma dose de substituição, para não ser descoberto. Nesse ponto, acho que é extremamente difícil de acreditar que a droga iria desempenhar esse papel no comportamento do atleta."

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