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20 anos depois, Debi e Lóide se reencontram com mesmo humor

Filme estreia em circuito nacional, em cópias dubladas e legendadas

Jim Carrey e Jeff Daniels durante a estreia mundial de "Debi e Lóide 2", em Los Angeles (Danny Moloshok/Reuters)

Jim Carrey e Jeff Daniels durante a estreia mundial de "Debi e Lóide 2", em Los Angeles (Danny Moloshok/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 16h05.

São Paulo - Vinte anos se passaram e Lóide (Jim Carrey) está numa clínica de repouso, numa cadeira de rodas.

Durante essas décadas, toda semana, seu amigo Debi (Jeff Daniels) o visitou, trocou sua fralda e lhe deu atenção – até o dia em que, se matando de rir, o sujeito confessa que não estava doente, e que fez isso apenas para rir da cara do amigo, que lhe diz: Você perdeu os melhores anos da sua vida, me fez vir aqui toda semana e limpar seu traseiro só para me pregar uma peça?.

Os dois riem até não poder mais.

Essa é a primeira cena de Debi & Lóide 2 e marca o tom do filme, que estreia em circuito nacional, em cópias dubladas e legendadas.

Há um algo de perversamente ingênuo na dupla de personagens criada pelos irmãos Bobby e Peter Farrelly, que também assinam a direção, e Bennett Yellin.

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Mas, ao contrário dos personagens desse mesmo estilo, que em sua ingenuidade e falta de pudor podem revelar a hipocrisia da sociedade, Debi e Lóide estão aqui apenas para as palhaçadas – na falta de termo melhor.

Há um fiapo de trama no roteiro assinado por seis pessoas --além dos já citados, também Sean Anders, Mike Cerrone, John Morris-- para servir de cola às piadas.

Depois de deixar a clínica, Lóide vai morar com Debi, que lhe confessa estar sofrendo dos rins e precisar de um transplante.

Quando procuram os pais dele, que são chineses, confessam que ele é adotado.

Em meio a cartas antigas que nunca abriu, porém, ele descobre boas notícias, quando lê que uma de sua ex-namoradas contava estar grávida – acontecimento que data do começo dos anos de 1990. É a chance de um doador de rins.

Ao reencontrar a namorada, Fraida Felcher (Kathleen Turner, vítima, aliás, dos piores comentários sexistas do filme), ela lhe dá o endereço da filha, Penny (Rachel Melvin).

A garota foi adotada por um cientista (Steve Tom) inteligentíssimo – até ganhou um Nobel –, mas, como ele está doente, manda a garota para um congresso para representá-lo. Porém, ela não é nada esperta, puxou ao pai biológico.

A trama se resume a Debi e Lóide na estrada, em direção à conferência para achar Penny, revelar o segredo e pedir um rim.

Realmente, esperar uma trama ou algo parecido num filme desses é pedir demais. Aqui, bastariam boas piadas, nada muito elaborado. No entanto, elas limitam-se a ser mais visuais do que verbais, e só algumas são realmente engraçadas.

Se em filmes mais dramáticos Carrey torna-se um pouco mais contido, neste gênero cômico é o espaço ideal para ele se libertar e falar, fazer todos os trejeitos e ruídos que lhe ocorrerem, e não são poucos.

Livre de qualquer empecilho, o ator rouba o filme. Para quem acha graça em seu tipo de humor, não pode haver nada melhor.

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