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Vinho do dia a dia? Concha y Toro traz rótulos super premium ao Brasil

A vinícola quer mostrar o melhor da produção do Chile e lança por aqui coleção de edições limitadas, a preços de até 770 reais

Vinhedo Quinta de Maipo (Concha y Toro/Divulgação)

Vinhedo Quinta de Maipo (Concha y Toro/Divulgação)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 13 de maio de 2021 às 06h00.

Última atualização em 13 de maio de 2021 às 08h29.

Pense em um vinho do Chile e você vai associar a uma boa garrafa para o dia a dia. Claro, não é de hoje que a Concha y Toro, a maior vinícola do país, mantém linhas mais exclusivas. Mas certamente a marca é mais lembrada pelo Casillero del Diablo, que custa 55 reais no supermercado, do que pelo Don Melchor, que pode valer 20 vezes mais.

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A Concha y Toro quer fortalecer sua imagem de produtora de vinhos premium e mostrar ao Brasil, seu maior mercado, alguns de seus rótulos mais reconhecidos. A vinícola agrupou essa seleção em uma linha chamada The Cellar Collection, com vinhos de prestigiados terroirs do Novo Mundo, apresentada ontem por Zoom para a imprensa especializada brasileira.

Neste primeiro momento a vinícola está trazendo ao Brasil apenas rótulos do Chile dentro dessa coleção. Todos são de edição limitada, produzidos em pequena quantidade, cerca de 1.000 caixas por ano. A título de comparação, o Casillero del Diablo, único vinho sul-americano na lista dos dez mais comercializados do mundo, teve 5,8 milhões de caixas vendidas em 2019.

Qual o sentido para a vinícola em fazer edições pequenas, que respondem por menos de 1% das vendas do total do grupo? “A Concha y Toro é uma grande família, nos sentimos unidos por uma paixão, que é mostrar o Chile como um produto de vinho de alta qualidade”, afirmou na apresentação Isabel Guilisasti, vice-presidente de Vinhos Finos e Imagem Corporativa e responsável pela Cellar Collection. “Essa é nossa vocação, nossa visão. Acreditamos no nosso terroir, temos grandes enólogos e é nossa responsabilidade fazer isso.”

Conheça os quatro rótulos da Cellar Collection que chegam agora ao Brasil.

 

Carmín de Peumo 2018

Carmenere - 95,34% Cabernet sauvignon – 4,36% Cabernet franc – 0,3%

769,90 reais

Trata-se do primeiro icônico carmenere do Chile, no mercado desde 2006. Sua primeira colheita foi em 2003 e já acumula outras 12 safras, que são efetuadas somente quando as condições da fruta são excepcionais. A qualidade do Carmín de Peumo vem de um lugar específico, a parcela 32 da vinha Peumo, localizada no vale de Cachapoal.

A Peumo é uma das vinhas mais antigas da empresa, de 1885. Àquela altura, a vinha era plantada com castas de Bordeaux. Entre as linhagens estava a carmenere, mas era conhecida no Chile como merlot até 1994, até ser identificada pelo francês Jean Michel Boursiquot.

A vinha de Peumo é um local naturalmente protegido, localizado a 170 metros acima do nível do mar. Seus solos são profundos, franco-argilosos, de origem aluvial. A argila ajuda a reter água, favorecendo o controle do crescimento e a boa maturação dos cachos. Seu clima é mediterrâneo sub-úmido, com dias quentes e noites frias.

A influência do rio Cachapoal ajuda a diminuir as temperaturas noturnas durante o verão, o que também favorece um ritmo mais lento de maturação dos cachos, condições ideais para o cultivo da carmenere.

Carmín de Peumo

Carmín de Peumo (Concha y Toro)

Gravas 2017

Syrah – 100%

449,90 reais

Gravas nasceu em 2007 após uma procura rigorosa do enólogo da casa Enrique Tirado para encontrar o melhor terroir para a elaboração de um vinho syrah de alto padrão. Os solos do Alto Vale Maipo, moldados pelo rio Maipo e pela cordilheira dos Andes, ofereciam as condições e o equilíbrio natural que Tirado buscava.

Seis anos depois, no espírito de continuar a explorar o melhor terroir do Chile para produzir vinhos de alto padrão, um vinho foi adicionados ao portfólio: um cabernet sauvignon, feito com uvas do terroir Puente Alto, no Vale do Maipo.

Em 2019, a enóloga Isabel Mitarakis assumiu a linha, depois de ter trabalhado durante seis anos com Enrique Tirado na equipe encarregada da produção de Don Melchor.

Os vinhedos de Gravas são fortemente influenciados tanto pela cordilheira dos Andes como pelos rios Maipo e Bío-Bío. A composição dos seus solos e a grande oscilação térmica que a serra provoca nos vales permitem produzir vinhos frescos e vivos.

Gravas

Gravas (Concha y Toro/Divulgação)

Amelia 2018

Chardonnay – 100%

399,90 reais

Amelia possui dois vinhos que expressam as características marcantes do Vale do Limarí, localizado no extremo norte do Chile, às portas do deserto do Atacama. A Concha y Toro adquiriu os primeiros vinhedos nesta área em 2005, que desponta como a melhor origem do país para a produção de chardonnay e pinot noir de alto padrão. Ambas as castas, originárias da vinha Quebrada Seca, são influenciadas pela proximidade do Oceano Pacífico.

Da mesma forma, seu clima costeiro semi-árido, marcado por manhãs nubladas, tardes ensolaradas, baixas temperaturas e sol abundante, é complementado por uma série de solos com alta concentração de carbonato de cálcio, que resultam em boas condições imbatíveis para as variedades chardonnay e pinot noir.

Marcelo Papa, enólogo e diretor técnico da Concha y Toro, liderou a reinvenção de Amelia em 2018, transferindo sua origem para o vale do Limarí e adicionando a variedade pinot noir ao portfólio.

Amelia

Amelia (Concha y Toro)

 

Terrunyo

100% carmenere

279,90 reais

No ano 2000 a Concha y Toro lançou Terrunyo, linha com a qual desenvolve um novo conceito enológico baseado na filosofia do terroir, que consiste em identificar na vinha o local que melhor expressa a tipicidade da casta plantada. O portfólio começou com as variedades carmenere e cabernet sauvignon.

A vinha Pirque Viejo, plantada no final do século 19, é uma das mais antigas da Concha y Toro. Este terroir possui boas características para o cultivo de cabernet sauvignon, graças a uma combinação de solo, clima e uma forte oscilação térmica entre o dia e a noite.

Peumo é também uma das primeiras vinhas da Concha y Toro. É considerado um dos melhores terroir para o cultivo desta variedade no país e o carmenere é cultivado ali há mais de 100 anos.

Terrunyo

Terrunyo (Concha y Toro)

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