Casual

Vestidos de festas fazem da SPFW ‘passarela-salão’

Os figurinos ricos, cheios de plumas e paetês, transformam a passarela numa grande festa em São Paulo

Desfile da Água de Coco no SPFW (Agência Fotosite/Divulgação)

Desfile da Água de Coco no SPFW (Agência Fotosite/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 08h42.

São Paulo - Os vestidos glamourosos dos estilistas Samuel Cirnansck , André Lima e Lino Villaventura já são clássicos da semana de moda de São Paulo. Entre tantas marcas de moda casual, o público sempre aguarda ansioso por seus desfiles. São figurinos ricos, cheios de plumas e paetês, que transformam a passarela numa grande festa. Na edição passada, mais um entrou para o time, o paulistano Rodrigo Rosner, e na sexta-feira será a estreia do baiano Vitorino Campos, de 24 anos, na SPFW.

O clube ganha mais um reforço, e nunca a semana de moda reuniu tantos estilistas de roupas de festas. Não quer dizer, no entanto, que a moda esteja mais elitista. "A roupa de festa é o meio mais fácil para o estilista mostrar técnica, e principalmente fazer uma roupa mais bem acabada, numa época em que a tendência é o fast fashion (moda mais comercial)", explica Rodrigo Rosner, de 33 anos, que tem um ateliê em Higienópolis, região central de São Paulo. "É uma forma de ser menos copiado", afirma.

Vitorino Campos optou pela roupa mais elaborada porque faz questão de uma costura perfeita. "As minhas peças são forradas com o mesmo tecido que usei para fazer o lado direito da roupa."

Para o desfile de sexta-feira na Bienal, no Ibirapuera, zona sul, Campos desenvolveu a seda da coleção numa fábrica da Itália. "Quase enlouqueci quando soube que ele iria usar a seda também para forrar a roupa. É um tecido muito caro", diz a sócia de Campos, Natália Tróccoli, de 23 anos, responsável pela gestão.

Nenhum desses estilistas gosta, porém, de ser conhecido unicamente pelos vestidões de festas da SPFW. Apesar de estar aterrissando no evento, Campos não foge à regra. Há três anos com uma marca homônima, Vitorino Campos avisa que sua coleção é bem ampla. "Faço roupas para todas as horas do dia." Campos, por exemplo, é um dos estilistas mais procurados em Salvador para fazer roupas de noiva.

Chique e casual

Para dar um jeito ainda mais casual à roupa de festa, Rosner contratou Gabriel Weill, de 27 anos, para montar os looks do desfile que também apresenta na sexta-feira. Radicado em Londres, Weill é editor de revistas de moda. "A mulher tem de usar essa roupa como se fosse jeans. Usar de uma maneira moderna. Tirar excessos de acessórios. Pegar leve na maquiagem, e usar um cabelo propositalmente mais desarrumado. Para usar uma roupa de festa, precisa ter atitude", diz Weill.

Rosner pretende mostrar ao público da SPFW um novo jeito de usar a roupa de festa. "Não é um traje que precisa ser tão cerimonioso, pode ser usado em outras ocasiões, menos formais", diz o estilista. "Minha coleção não tem só vestidão, tem calça também." Em janeiro, André Lima colocou calças na passarela - na verdade, eram terninhos prateados, em homenagem ao vocalista Mick Jagger, dos Rolling Stones. Pode até não ser vestidão, mas nunca é só básico.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDesfiles de modaEstilistasMetrópoles globaisModasao-paulo

Mais de Casual

Hyrox: a nova competição fitness que está conquistando o mundo

Heineken lança guia que dá match entre bares e clientes

Kobra transforma instituto e ateliê aberto ao público em inspiração para grafiteiros

O dia em que joguei tênis na casa do Ronaldo Fenômeno