"Twiplomacy": estudo destacou os cinco líderes mundiais mais seguidos, dentre os quais estão Barack Obama, Papa Francisco e o primeiro ministro da Índia, Narendra Modi (AdNews)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2015 às 21h29.
São Paulo - De acordo com o estudo anual "Twiplomacy", realizado pela Burson-Marsteller, consultoria global de comunicação, o Twitter se tornou a rede social favorita dos líderes mundiais para alcançar audiências por meio de mensagens-chave. O objetivo do estudo é identificar como os líderes mundiais usam essa rede social e de que forma se conectam com o público por meio do Twitter.
Os governos estão cada vez mais colocando esforços em suas comunicações digitais, incorporando, inclusive, elementos visuais em alguns de seus tweets. Alguns, como o @Elysee Palace, costumam colocar vídeo (Vine) de até seis segundos para registrar visitas de Estado. A chanceler alemã, por exemplo, fez uso da ferramenta para incentivar sua equipe durante o campeonato mundial de futebol. Já o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, recentemente utilizou o canal para anunciar a retomada dos bombardeios às FARC.
A pesquisa, concluída março deste ano e publicada hoje (29) analisou 669 contas do governo em 166 países, apontando que 86% dos governos das Nações Unidas têm presença no Twitter.
O "Twiplomacy" também destacou os cinco líderes mundiais mais seguidos. Entre eles estão: o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o Papa Francisco e o primeiro ministro da Índia, Narendra Modi.
"A atuação do governo nas redes sociais está contribuindo para uma melhor voz ativa num formato de interação com os cidadãos. É uma plataforma que oferece uma proximidade maior com o público e deve ser vista como ponte para uma comunicação efetiva", explica Cely Carmo, diretora de estratégias digitais da Burson-Marsteller latino-americana.
Na América Latina, a presidenta Dilma Rousseff está entre as cinco perfis mais influentes na rede social.
Confira as conclusões no vídeo:
Outros números importantes:
• Todos, exceto um dos governos do G20, têm presença oficial no Twitter e seis dos líderes do G7 têm uma conta pessoal na rede. No entanto, poucos falam de si mesmos em seus posts.
• Mais de quatro mil embaixadas e embaixadores são ativos no Twitter. Em Nova York, Washington, Londres e Bruxelas, a maioria das missões diplomáticas usa o Twitter como ferramenta de engajamento no mundo digital. Por exemplo, o ministério de assuntos exteriores do Reino Unido, em Londres, também promove o compromisso pessoal de seus embaixadores, e hoje é praticamente impossível se tornar um diplomata sem utilizar as ferramentas digitais.
• Barack Obama foi o primeiro líder mundial a criar uma conta no Twitter, em 5 de março de 2007 (ainda como senador Obama), e foi o usuário de número 813.286. O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto (@EPN), o primeiro ministro do Canadá, Stephen Harper (@PMHarper) e o departamento do estado dos Estados Unidos (@StateDept) também foram pioneiros, com contas criadas em 2007.
• Até 24 de março de 2015, os líderes mundiais registraram um total de 2.632.657 tweets, com uma média de quatro tweets por dia. Somando as contas dos 660 líderes mundiais se tem uma audiência de 212.059.775 seguidores. A média é de 14.850 seguidores.
• O presidente de Ruanda (@PaulKagame) se tornou o presidente africano mais seguido, com 842.260 e é também o que mais interage com os seus seguidores, uma vez que 86% dos tweets são respostas a outros usuários na rede social.