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Turismo de nicho: imersão na natureza e cultura local são tendências de viagens

O turismo de nicho, voltado para experiências deve crescer significativamente nos próximos anos

Hotel Cataratas: único empreendimento hoteleiro situado dentro do Parque Nacional do Iguaçu. (Booking/Divulgação)

Hotel Cataratas: único empreendimento hoteleiro situado dentro do Parque Nacional do Iguaçu. (Booking/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 07h12.

Última atualização em 6 de março de 2024 às 11h34.

Turismo gastronômico, cultural, de experiências com os pés na areia ou dentro de um carro avistando animais selvagens em um safári nacional ou internacional. Do Centro-Oeste ao Nordeste brasileiro, do deserto boliviano aos arranha-céus da maior cidade de Illinois, o turismo de nicho, voltado para experiências de bem-estar, luxo, ecoturismo, esportes e aventura, deve crescer significativamente nos próximos anos, segundo Mikaely Correa, analista de pesquisa da Euromonitor International. “Isso deve acontecer à medida que os viajantes priorizarem cada vez mais experiências personalizadas alinhadas com seus valores e estilo de vida”, afirma.

São destinos como o Costão do Santinho, em Santa Catarina, que reúne atrações variadas, da natureza local à boa gastronomia. Nas páginas a seguir destacamos seis viagens para tirar da lista dos sonhos. No Brasil, as sugestões ficam entre Pantanal, Lençóis Maranhenses e Foz do Iguaçu. Ainda na América Latina, a cidade boliviana de Uyuni abriga o maior deserto de sal do mundo e um hotel construído inteiramente com o mineral.

Recuperação do setor

Os números de embarques domésticos e internacionais se aproximam dos valores pré-pandemia, com 237 milhões de viagens nacionais em 2019 e 239 milhões no ano passado, segundo a Euromonitor Internacional. O mesmo acontece com as viagens internacionais, com 13 milhões de embarques em 2019 e 11 milhões em 2023, e crescimento nos gastos de 101,7 bilhões de reais em 2019 para 125 bilhões de reais no ano passado.

O aumento no número de viagens também se dá pela retomada dos voos, como o trajeto direto entre o Brasil e a África do Sul. Com o fim das restrições impostas pela pandemia, muitos viajantes tiraram do papel suas viagens com foco em safári. A porta de entrada do continente africano para muitos brasileiros costuma ser a África do Sul, e não é à toa: por lá estão excelentes reservas de safári e a possibilidade de provar alguns dos melhores vinhos do mundo.

Nos Estados Unidos, a cidade de Chicago entra no roteiro dos que se interessam por arquitetura e arte. Recentemente, a cidade se popularizou por sua gastronomia e virou pano de fundo da premiada série O Urso, no Star+.

“Uma tendência vista é a de viajar com intenção, já que os consumidores estão se concentrando na ideia de que só se vive uma vez, e estão dispostos a aproveitar ao máximo sua vida pós-pandemia com experiências de bem-estar, atividades únicas”, diz Naia Silveira, especialista em tendências na WGSN América Latina. Prepare as malas e boa leitura.

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