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Tribunal australiano decidirá se Djokovic joga torneio ou deixa o país

Audiência de 11 horas, com a presença de três juízes, deverá decidir o futuro do jogador neste domingo; Aberto da Austrália começa na segunda, dia 17

Audência na Austrália deve decidir se tenista participa de torneio (David Gray/Pool/Reuters)

Audência na Austrália deve decidir se tenista participa de torneio (David Gray/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de janeiro de 2022 às 16h27.

O tenista Novak Djokovic enfrentará uma audiência de 11 horas no domingo que decidirá se ele pode defender seu título do Aberto da Austrália ou terá que deixar o país, configurando o clímax após dias de drama sobre os requisitos de entrada da Covid-19 e sua condição de não estar vacinado.

Os preparativos para o torneio, que começa na segunda-feira e que Djokovic já venceu nove vezes, foram praticamente ofuscados pela controvérsia sobre o visto de Djokovic, seu tratamento pelas autoridades de imigração e a condução do caso pelo governo.

O juiz David O'Callaghan marcou uma audiência no Tribunal Federal para 9h30 de domingo (19h30 de sábado em Brasília). Três juízes ouvirão o recurso e sua decisão será final, disse o tribunal.

Djokovic, que é líder do ranking mundial e busca um recorde com a 21ª conquista de Grand Slam, passou a noite de sábado no Park Hotel de Melbourne, de acordo com uma testemunha da Reuters, retornando ao mesmo hotel de detenção de imigrantes onde ficou detido por quatro noites na semana passada.

Um juiz o libertou na segunda-feira depois de considerar que a decisão de cancelar seu visto na chegada não era razoável. Djokovic se recusou a ser vacinado contra o coronavírus e tentou entrar no país com uma isenção médica das regras que obrigam todos os visitantes a serem vacinados.

O ministro da Imigração, Alex Hawke, cancelou o visto de Djokovic novamente na noite de sexta-feira, provocando o recurso de seus advogados que será ouvido no domingo.

Os advogados de Djokovic disseram que argumentarão que a deportação só aumentaria o sentimento antivacina e seria uma ameaça à desordem e à saúde pública tanto quanto deixá-lo ficar.

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