David Bowie (Leonhard Foege/Reuters)
Assim como outros artistas de sua geração, o britânico David Bowie, morto em 2016, também teve embates com as gravadoras que o acompanharam. "Toy", um álbum de 2001 sepultado após uma disputa com a Virgin, é um herdeiro desse tipo de briga e que será conhecido pelo público em seu formato original na sexta-feira, 26.
Em sua origem, o disco que já foi ouvido em versões demos, em 2011, surgiu como projeto a partir das versões de "Can't help thinking about me" (canção de 1966) que Bowie interpretou com seu grupo no fim dos anos 1990.
Com este grupo, formado por Mark Plati, Sterling Campbell e Earl Slick, Bowie alcançou um dos grandes momentos de sua carreira, com um show no festival de Glastonbury (Inglaterra) em 2000 que ficou gravado na memória.
O álbum também representa um momento importante na carreira de Bowie, pois durante a gravação em Nova York o cantor se reconciliou com o produtor Tony Visconti.
Ele havia parado de trabalhar com Visconti antes de "Let's Dance", seu grande sucesso de 1983, produzido por Nile Rodgers.
Um dia após o show triunfal em Glastonbury, Bowie entrou no estúdio com o grupo. Juntos retomaram canções gravadas entre 1964 e 1971.
Bowie desejava lançar o álbum imediatamente.
Agora, os herdeiros de Bowie apresentam "Toy" (Parlophone/Iso/Warner) em dois formatos. O primeiro, a versão original, nesta sexta-feira, dentro de "David Bowie 5. Brilliant Adventure (1992-2001)".
Em 7 de janeiro de 2022, na véspera do aniversário de Bowie, será lançado "Toy (Toy:Box)", outra versão do álbum perdido, desta vez com takes alternativos e acústicos.
(Com AFP)