Após quase dois anos de jogos sem torcida, a CBF liberou o retorno do público e os governos da maioria dos estados já autorizou a volta das pessoas às arenas. (EXAME/Exame)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2021 às 08h51.
Última atualização em 14 de outubro de 2021 às 08h51.
O avanço da vacinação contra a Covid-19 no país levantou o debate sobre o retorno do público aos estádios de futebol no Brasil. Após quase dois anos de jogos sem torcida, por conta da pandemia, a Confederação Brasileira de Futebol liberou o retorno do público e os governos da maioria dos estados já autorizou a volta das pessoas às arenas.
"O retorno do público aos estádios gerou muitas discussões. Agora, com uma série de exigências e recomendações, o futebol brasileiro se recupera aos poucos e caminha em busca de uma nova normalidade. E é justamente dentro desse contexto que a tecnologia chega como facilitadora para tornar a volta aos estádios mais segura. Com ajuda dela, é possível manter o distanciamento, evitar filas, e assistir aos jogos sem perder nenhum lance. Alguns estádios, como o Mineirão e o Allianz Parque, inclusive, já contam com alguns avanços tecnológicos para facilitar a vida dos torcedores", pontua Samuel Ferreira, CEO da Meep, empresa brasileira de tecnologia em soluções e meios de pagamento.
O esporte, aliás, movimenta uma parte da economia do país. De acordo com um levantamento da Sports Value, só os principais times brasileiros arrecadaram mais de 4,5 bilhões de reais em 2020. Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá, reforça a importância dessa volta aos estádios para todo o ecossistema local. “Para nós, é muito importante contar com o apoio da torcida. Além do incentivo esportivo e da receita com bilheteria, a presença de público coloca em movimento o maior patrimônio público do Mato Grosso, que é a Arena Pantanal. A economia da cidade também é impactada, hotéis, restaurantes, lojas, bares, shoppings, tudo se mobiliza em torno de jogos como esse”, explica.
Pensando nisso, a Meep separou 5 motivos para acreditar que agora será melhor assistir aos jogos.
Com o auxílio de um aplicativo ou cartões e pulseiras cashless, os torcedores poderão realizar pedidos de comidas e bebidas sem sair de seus assentos. Isso será possível com alguns cliques no celular ou ajuda de um vendedor com caixa móvel. De todo modo, essa tecnologia promoverá mais comodidade ao torcedor, que por sua vez poderá aproveitar o jogo sem sair do lugar, economizando tempo, dinheiro e evitando o contato mais próximo com terceiros.
Com todos os processos digitais, as pessoas não precisarão necessariamente portar cartões ou dinheiro em espécie, colaborando tanto para a segurança na compra de produtos e ingressos, quanto na venda deles. Isso acaba impactando diretamente na experiência dos torcedores, que se sentirão mais seguros e propensos a frequentar os estádios.
Atualmente, as pessoas se acostumaram a lidar mais com as máquinas, visto que oferecem mais praticidade, comodidade e agilidade. É por isso que os terminais de autoatendimento, já presente em alguns eventos, supermercados e bancos, desafogam a demanda dos atendimentos convencionais, aumentam o ticket médio de vendas e aproveitam melhor o espaço.
Com o registro online fica mais fácil organizar o cadastro dos torcedores e até mesmo identificar o perfil de consumo de cada um deles, possibilitando, por exemplo, promoções exclusivas e vendas antecipadas para sócio torcedores, em parceria com fornecedores. Identificando o cliente em todas as operações, aumenta-se também a chance de acerto nas campanhas de fidelização.
Por fim, uma tecnologia de ponta a ponta permitirá que os organizadores dos jogos acompanhem em tempo real e online as vendas de ingressos, comidas, bebidas e outros produtos, otimizando e facilitando a gestão de vendas em todos os quesitos. Com isso, será possível traçar estratégias para melhorar a experiência dos torcedores desde a compra do ingresso até o pós-jogo.
Para Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, a análise sobre os primeiros jogos com público não poderia ser melhor. “Avaliação geral muito positiva, com utilização de máscaras, distanciamento e sem acúmulo de pessoas. Foram abertos vários setores. E vale ressaltar que o protocolo para volta no Brasil é bem rígido, e isso até dificultou que tivéssemos mais público. Tínhamos espaço para 6 mil pessoas e não vieram nem 3 mil, mas isso muito em função da dificuldade das pessoas atingirem os requisitos do protocolo. Mas, no geral, gostamos e sabemos que com o tempo tende a melhorar”, finaliza.