Terezinha Guilhermina e seu guia Guilherme Soares nos Jogos Paralímpicos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2012 às 20h20.
Redação Central - A brasileira Terezinha Guilhermina conseguiu se recuperar do fracasso ocorrido na terça-feira, quando seu guia tropeçou e a fez perder a chance de lutar por medalhas nos 400m rasos, classe T12, e levou nesta quarta o ouro nos 100 metros rasos (T11) nesta quarta-feira.
Terezinha fez o tempo de 12s01, bateu o recorde mundial da prova, e de quebra, teve companhia de duas compatriotas no pódio. Jerusa Santos (12s75) ficou com a prata e Jhulia Santos foi bronze, com 12s76.
Mas o dia não foi só de alegrias para o atletismo brasileiro, já que a equipe do país no 4x100 metros (T42/46) havia conseguido a prata, com o tempo de 41s92, mas foi desclassificada após a prova. O ouro ficou com a África do Sul (41s78), que teve Oscar Pistorius fechando o revezamento. Com a desclassificação brasileira e dos EUA, a prata e o bronze acabaram ficando com China e Alemanha, respectivamente.
Pistorius duelará novamente com o brasileiro Alan Fonteles, para quem foi derrotado nos 200m rasos (T44), mas desta vez na prova dos 100 metros rasos da mesma classe, em que os dois estão classificados para a disputa da final. O sul-africano conseguiu o segundo melhor tempo das eliminatórias (11s18), enquanto Alan ficou apenas em sétimo lugar (11s56).
Quem surpreendeu a todos foi o brasileiro Jovane Guissone, que, mesmo com duas derrotas ao longo do dia, se recuperou durante a competição e levou o ouro na esgrima em cadeira de rodas, com espadas, na categoria B. Guissone venceu na final o atleta Chik Sum Tam, de Hong Kong, por 15 a 14.
Um fato curioso foi protagonizado pelo ciclista João Schwindt, que se atrasou com uma ida ao bandeiro, largou atrasado e perdeu alguns segundos preciosos na prova de contrarrelógio C5. Com isso, João acabou ficando apenas em nono lugar.
Ainda no ciclismo, o ex-piloto de Fórmula 1 Alessandro Zanardi, que perdeu as pernas em um acidente de carro quando corria na Champ Car, em 2001. O italiano demonstrou um grande poder de superação e conquistou o ouro paralímpico na prova de contrarrelógio, categoria H4, fazendo o tempo de 24min50s22.
No quadro de medalhas, o Brasil caiu para o sétimo lugar, com 12 ouros, 8 pratas e 5 bronzes, em uma tabela dominada pela China, que tem 60 ouros. Rússia e Grã-Bretanha aparecem logo atrás, com 28 e 35 ouros, respectivamente.