Bergman: a afirmação se baseava em um exame comparativo de DNA entre a saliva dos selos das cartas enviadas pelo diretor à sua família e a de Veronica Ralston, que não coincidiam (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 18h14.
Copenhague - Os exames de DNA que comprovavam que o cineasta sueco Ingmar Bergman não era filho biológico de sua mãe, Karin Bergman, estavam contaminados e não têm valor, informou nesta quarta-feira o jornal 'Ny Teknik'.
Veronica Ralston, sobrinha do diretor já falecido, afirmou em um livro publicado em maio que Bergman havia sido trocado por outro bebê ao nascer.
A afirmação se baseava em um exame comparativo de DNA feito pelo Instituto de Medicina Legal de Estocolmo entre a saliva dos selos das cartas enviadas pelo diretor à sua família e a de Veronica Ralston, que não coincidiam.
Provas posteriores demonstraram, no entanto, que os testes continham o DNA do técnico de laboratório que os realizou, algo que o próprio instituto lamentou, que, por iniciativa própria, tentará identificar o DNA de Bergman a partir da borda de uma carta usada por ele.
Veronica lamentou os erros de rotina cometidos pelo instituto, mas manteve a teoria de seu livro, 'Kärleksbarnet och Bortbytingen' ('O filho natural e a troca de bebês, em livre tradução'), segundo o qual a verdadeira mãe do cineasta seria Hedvig Sjöberg, com quem Erik Bergman, pai de Ingmar, teve um relacionamento extraconjugal.
De acordo com Veronica, o bebê de sua avó pode ter nascido morto e Erik Bergman pode ter aproveitado a ocasião para trocá-lo por outro que supostamente tinha tido com Hedvig.
Sua teoria foi recebida com desconfiança por outros familiares do diretor, que morreu há quatro anos.