No Brasil, a goji berry é encontrada dessecada, pois é mais fácil de ser transportada e estocada (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2013 às 18h04.
São Paulo – De tempos em tempos, “super alimentos” pipocam nas notícias e nos cardápios de pessoas que estão sempre em busca de fórmulas para emagrecer. Agora, a fruta da vez é a goji berry, que tem origem na China e no Tibete, e caiu nas graças dos famintos por novidades. Com o aspecto de um pequeno tomate, essa iguaria só é vendida no Brasil na forma dessecada, já que não é produzida aqui e esse processo permite a estocagem por mais tempo.
O consumo aumentou desde que ela passou a ser conhecida como uma comida pouco calórica (com 50 calorias por colher de sopa) e por ter propriedades “emagrecedoras”. Mas seu potencial não está apenas nesse ponto. Na verdade, de acordo com a nutricionista estética Anna Paola Conde, comer goji berry não garante emagrecimento e, caso os maus hábitos (alimentares e de saúde) permaneçam, é possível até haver engorda.
“Não adianta comer a frutinha no café-da-manhã e, no almoço, comer macarrão instantâneo e, à noite, fast-food”, afirma. De acordo com a especialista, se consumida em conjunto com uma alimentação equilibrada, os benefícios de uma porção diária (que cabe na palma da mão) vão além da balança.
Por ser muito rica em vitamina C, que é um poderoso antioxidante, e em carotenoides, a goji berry tem ação anti-inflamatória, atua contra a hipertensão, diminui os níveis de colesterol, regula os níveis glicêmicos e fornece triptofano (precursor da serotonina, o hormônio do bem-estar). Anna Paola recomenda duas combinações que podem ser ainda mais benéficas.
Uma delas é o suco de goji berry com couve, rica em ferro, que melhora o sistema imunológico e previne a anemia. Outra mistura que traz vantagens para a pele, devido à junção com a vitamina A, é o consumo com oleaginosas, como castanha e amêndoas. Uma porção que cabe em uma mão já é suficiente para melhorar a qualidade da cútis.
Como nada é perfeito, há uma contraindicação, segundo a nutricionista. Pessoas que tomam o medicamento varfarina não devem consumir a fruta, pois ela tem propriedades que potencializam o efeito anticoagulante do remédio, prejudicando o tratamento. Para quem não tem esses problemas circulatórios, que exigem o fármaco, a frutinha pode ser uma esperança para uma alimentação mais saudável.