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Sucessos pop pontuam narrativa de "A Música Nunca Parou"

Baseado num texto do neurologista Oliver Sacks, "O Último Hippie", filme retrata com um toque nostálgico uma família de classe média normal dos anos 1950


	Cartaz de "A Música Nunca Parou", com os atores J.K.Simmons e Lou Taylor Pucci: filme estreia em São Paulo, Brasília, Curitiba e Porto Alegre
 (Reprodução/Cartaz)

Cartaz de "A Música Nunca Parou", com os atores J.K.Simmons e Lou Taylor Pucci: filme estreia em São Paulo, Brasília, Curitiba e Porto Alegre (Reprodução/Cartaz)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 17h45.

São Paulo - A trilha sonora sempre separou pai (J.K.Simmons) e filho (Lou Taylor Pucci), um fã de Bing Crosby, o outro, de bandas como Beatles, Rolling Stones e Grateful Dead. Mas finalmente é pela música que os dois encontram um meio de se comunicar no melodrama "A Música Nunca Parou", que marca a estreia na direção do produtor Jim Kohlberg, e chega com um atraso de três anos às telas brasileiras (a produção é de 2011).

O filme estreia em São Paulo, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.

Baseado num texto do neurologista Oliver Sacks, "O Último Hippie", sobre uma história verídica, o roteiro de Gwyn Lurie e Gary Marks retrata com um toque nostálgico uma família de classe média normal dos anos 1950, formada por Henry Sawyer (Simmons), sua mulher, Helen (Cara Seymour), e o filho único, Gabriel (quando menino, interpretado por Max Antisell).

Pai e filho entregam-se a um jogo em que o primeiro ensina ao pequeno algumas das canções que marcaram sua vida, como aquela que tocava quando ele conheceu Helen.

Alguns anos depois, o adolescente Gabriel (Lou Taylor Pucci) mudou radicalmente de atitude e gosto musical, como seria natural esperar. Em 1968, é um garoto cabeludo de 17 anos, fã ardoroso do rock de Bob Dylan e outros ídolos da época. O grande conflito com o pai surge quando o rapaz resiste a engajar-se num projeto de formar-se na universidade e acaba saindo de casa e caindo na estrada.

Dezoito anos depois, os pais têm notícias de Gabriel, que reaparece em sua vida fragilizado por um tumor cerebral. Se não é maligno, é grande o suficiente para roubar-lhe boa parte da memória. Uma alternativa nada ortodoxa de comunicação com o filho surge através da intervenção de uma musicoterapeuta, Dianne Daly (Julia Ormond).


Mas isso exige que o pai transponha, agora, as barreiras que não atravessou anos atrás, começando pelas preferências musicais para, finalmente, comunicar-se com o filho.

Escapando do relato científico de Sacks para o reino do melodrama sentimental, o filme se ressente de um toque um tanto estático, que aprisiona as interpretações e não torna suficientemente convincentes os desdobramentos do dilema.

Na pele do pai que se sente culpado pela tragédia do filho, Simmons, por vezes, se liberta do peso de uma direção pouco inspirada e consegue genuinamente comover. A situação de sua esposa diante de toda a situação poderia ter sido mais bem explorada, ainda mais tendo-se à disposição uma atriz talentosa como Cara Seymour.

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